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Home Música

Millennials: as vozes de uma geração confusa

porBruno Vieira
3 de julho de 2017
em Música
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Millennials

Os millennials estão bem contemplados pela música contemporânea de diversas formas e gêneros. Ilustração: Carlos Zamora.

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A música que uma geração consome diz muito sobre seus anseios, angústias e a maneira que essas pessoas pensam e encaram a vida. Os millennials não são exceção — pelo contrário. Os nascidos entre meados dos anos 80 e o final da década de 1990 estão bem contemplados pela música em todas as suas formas e gêneros.

Ansiedade, depressão, insegurança econômica e emocional, rompimento com o modo de vida e ritos de passagem da geração X, relações pessoais cada vez mais líquidas… Todos esses aspectos são usados para caracterizar os millennials. Selecionamos três álbuns, lançados entre 2016 e 2017, que abordam esses temas por meio de diferentes gêneros musicais.

‘Teens Of Denial’ – Car Seat Headrest

Teens Of Denial é o décimo álbum de Will Toledo em sete anos. O que começou como um projeto solo no Bandcamp, em 2010, acabou tomando novas proporções. Em 2015, ele assinou com a Matador Records e se tornou um dos nomes mais promissores do indie rock contemporâneo.

Abandonando a produção caseira e lo-fi, em Teens Of Denial Toledo trabalha com um instrumental mais encorpado e bem produzido. Além da sonoridade, o que garantiu a esse álbum um lugar em várias das listas de Melhores do Ano, em 2016, foram as letras de Toledo.

Os nascidos entre meados dos anos 80 e o final da década de 1990 estão bem contemplados pela música em todas as suas formas e gêneros.

Um forte senso de autodepreciação e falta de manejo social guiam boa parte das narrativas do álbum. A depressão, ansiedade e insegurança de Toledo são tratadas de maneira sincera e convincente (Atrás de um armário de remédios / Você pode encontrar sua história de vida / E seu futuro nos efeitos colaterais).

Em diversos momentos, também deixa claro que as reclamações dele (nascido em 1992) e da geração à qual pertence não são “frescura”. Como na faixa de abertura, “Fill In The Blank”: “Você não tem nenhum direito de estar deprimido” / “Você não tentou o suficiente para gostar disso” … / “Bem, pare de choramingar e tente de novo / ninguém quer te machucar”.

Ao mesmo tempo que reafirma sua personalidade, ele deixa claro que não pretende, não quer e nem tem como seguir os passos das gerações anteriores e de outros ao seu redor. E se ninguém entende o que ele está passando de verdade, Toledo faz questão de deixar isso claro nas suas letras.

‘SATURATION.’ – BROCKHAMPTON

BROCKHAMPTON é um coletivo texano de hip hop fundado em 2015, que reúne rappers, produtores musicais, designers e videomakers. A química e a criatividade do grupo apresentada em SATURATION. justifica o buzz que esse álbum está causando no cenário musical.

A personalidade de cada um dos integrantes está impressa em letras garrafais na sonoridade, letras e produção do disco. Os cinco MCs principais se alternam entre momentos agressivos e auto-centrados, até outros extremamente frágeis e intimistas.

Se no começo do disco eles se mostram como os “fodões” — e usam da agressividade e “ostentação” para isso —, conforme as faixas passam é revelado que isso é só uma imagem que tentam construir justamente por todos sofrerem com inseguranças diferentes. A pouca perspectiva de futuro, a passagem para a vida adulta, a falta de aceitação da família e de si mesmo, relacionamentos não correspondidos, o uso de drogas e a solidão, aparecem em vários momentos do álbum.

Dentre todas as letras, a que melhor resume essa confusão emocional e a necessidade de aceitar a si mesmo é “MILK.”:

“Eu preciso melhorar em ser eu mesmo (sendo quem eu sou) / Eu preciso melhorar em tudo (sendo quem eu sou) / … / Desde que eu me mudei eu estou sem dinheiro / Desde que eu cresci eu sou feio / Oh, e eu preciso de uns dólares / Desde que eu saí da casa da minha mãe eu tenho estado puto com o mundo.”

‘Melodrama’ – Lorde

Lorde é uma artista que não precisa de muitas introduções. Aos 16 anos de idade, ela arrebatou o mundo do pop com o single “Royals” e seu primeiro álbum Pure Heroine (2013). Depois de quatro anos sem material novo, ela lançou seu segundo trabalho, o ótimo Melodrama.

Se seu primeiro disco foi uma forma de glorificar e eternizar sua adolescência, esse novo álbum trata do que vem a seguir. Mais do que um processo de amadurecimento, Melodrama é um retrato do estado de espírito dessa geração e a forma com que ela encara o amor.

“Aposto que você quer arrancar meu coração / Aposto que você quer ignorar minhas chamadas agora / Bem, adivinhe? eu gosto disso / Porque eu vou bagunçar a sua vida / Você vai querer tapar minha boca com fita / Nós somos a geração sem amor / Todos fodendo com a cabeça de quem amamos”.

Lorde vai além dos corações quebrados e as contradições desse “novo amor”. Ela trata também da maneira com que ela e outros jovens de sua idade querem viver intensamente, a sua perspectiva sobre isso e como todos buscam encontrar a si mesmos nessas experiências (vide o single “Perfect Places”).

Justamente nas sutilezas, ou naquilo que parece trivial, em suas letras é que está a representação mais precisa do que é ser e viver como millennial. É algo que ocorre a Lorde naturalmente e ela transmite isso com fluidez e criatividade em suas músicas.

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Tags: BROCKHAMPTON.Car Seat HeadrestCrítica MusicalCulturageração YHip-HopindieLordemelodramamillennialsMúsicaPopRapSATURATION.teens of denial

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