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‘Caetano Veloso’ e o nascimento do Tropicalismo

Amado pelo público e odiado pelos generais, álbum homônimo de Caetano Veloso é peça-chave na formação do movimento tropicalista.

porAngelo Stroparo
21 de junho de 2018
em Música
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'Caetano Veloso' e o nascimento do Tropicalismo

Imagem: Reprodução.

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No Brasil, em 1967, de um conturbado cenário sócio-político provocado pelo golpe militar, nascia um movimento cujo viés musical era composto por nomes como Tom Zé, Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes, Torquato Neto, Rogério Duarte, Capinan, Júlio Medaglia e Rogério Duprat.

Era a “Tropicália”, que, segundo Gilberto Gil, teve em Caetano Veloso a força criadora que redundou na própria existência do agito cultural; e cujas ideias foram expostas de um modo mais radical, ainda de acordo com ele, por artistas como Hermeto Pascoal e, mais tarde, Chico Science.

Lançado em 1968, Tropicália ou Panis et Circensis é o nome do disco que, sob a batuta de Caetano e Gil, reuniu a turma toda. Porém, um ano antes, a dupla já havia se destacado no Festival da Música da Record com “Alegria, Alegria” e “Domingo no Parque”, respectivamente. Ainda em 1967, o tropicalismo se fizera sentir no teatro, com a montagem de O Rei da Vela pelo Oficina, e no cinema, com Terra em Transe, de Glauber Rocha. Nas artes visuais, o movimento esteve representado por meio das mãos de Hélio Oiticica, com a obra “Tropicália”, exposta no Rio de Janeiro em abril deste mesmo ano.

Figura principal no tropicalismo, Caetano gravou seu álbum de estreia, Caetano Veloso, em 1967, porém, foi lançado só um ano depois. A sonoridade é uma espécie de bossa-nova executada por roqueiros psicodélicos, com harmonias vocais barrocas misturadas a arranjos de metais. O resultado é impressionante. Não há correspondente ao baiano no mundo pop de língua inglesa e gente como Beck, Kurt Cobain e David Byrne o adoram.

Felizmente, ao que parece, repressores são mais eficazes na produção de tiros nos pés a atingir os objetivos desejados.

Jovens da época amaram o trabalho e, se composições como “Soy Loco por ti, America”, “Alegria, alegria” e “Tropicália” caíram no gosto do público, dos generais, não. Um tributo a Che Guevara (“Soy Loco por ti, America”), por exemplo, não ficaria invisível aos olhos da ditadura.

Se Chico, em 1974, para driblar a censura criou um alter ego, Caetano lançaria ainda Tropicália ou … em 1969, e, em 1970, seria forçado a deixar o Brasil, sendo exilado em Londres.

O exílio ajudou a divulgar o nome de Caetano no exterior e o elevou ao patamar de lenda, o que provavelmente fez bem à carreira do compositor. Detalhe curioso: na capa, o rosto do compositor é iluminado na face esquerda, enquanto a direita está em trevas.

Caetano já foi definido como um híbrido de Brian Wilson, Stevie Wonder, Bob Dylan, Syd Barret, John Lennon e Bob Marley. Exagero? Talvez não. Quando dedicamos um pouco de tempo à audição de registros como este, Transa, e até mesmo o mais recente Abraçaço, de 2012, quase que instantaneamente os nomes listados – e possivelmente outros – começam a povoar nossa imaginação. Sem dúvida, um dos grandes da música contemporânea mundial.

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Tags: Caetano VelosocensuraCrítica MusicalditaduraGilberto GilMPBMusic ReviewMúsicapsicodeliaResenhaTropicáliaTropicalismo

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