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‘Prisioners in Paradise’ e como eu conheci o rock

Europe poderia ter sido muito mais que uma banda “one-hit wonder”. Disco 'Prisoners in Paradise' fez de nosso colunista um apaixonado pelo rock.

porAlejandro Mercado
7 de dezembro de 2015
em Música
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'Prisioners in Paradise' e como eu conheci o rock

Grupo sueco Europe fez sucesso e emplacou hits entre os anos 1980 e 90. Imagem: Divulgação.

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Depois que você passa os 30 e começa a se encaminhar para os 40, olhar para trás no tempo torna-se um exercício de nostalgia. Crescer nos anos 80 sendo o mais novo de três filhos (e único homem) poderia ser uma aventura pitoresca. Menudos e New Kids on the Block preenchiam o coração e toca fitas (ou discos) das garotas, mas, para minha sorte, minhas irmãs gostavam de ouvir outras coisas.

Nessa toada, de Legião Urbana a Engenheiros do Hawaii e de The Cure a David Bowie, muita coisa chegou aos meus ouvidos. Talvez fosse apenas força do hábito de deixar o rádio ligado, fazendo com que eu acabasse ouvindo de tudo (de tudo mesmo), talvez não. A não ser que um dia eu pergunte, nada saberei.

A questão é que outro gênero tinha um envolvimento muito forte com mulheres: o Glam Metal, ou hair metal se preferirem. Essa vertente mais pop do metal tinha muito apelo com garotas na década de 1980. Jon Bon Jovi e sua banda estão aí até hoje para provar isso.

Como contraponto ao Van Halen, Mötley Crüe e Twisted Sister (que mesmo com seu travestismo, nunca foi um “grupo para meninas”), haviam inúmeros outros com suas jaquetas de couro preta, cabelos (em geral) loiros esvoaçantes e o chassi de grilo com músculos mirrados. Tinha gente que chama essa galera de “boy band do metal”. Bon Jovi, Poison e Skid Row levavam as meninas à loucura.

E deixando toda possível frescura de lado, alguns desses grupos, por mais chiclete que suas canções possam ser, eram divertidas, nem que fossem para serem cantandas debaixo do chuveiro. Todo apaixonado tem um desses grupos como seu guilty pleasure, mesmo que não admita.

No meu caso, esse “prazer com culpa” aconteceu com um grupo sueco, o Europe. Contudo, posteriormente ao grande sucesso de The Final Countdown (1985). Talvez minhas irmãs até tivessem algum outro LP do grupo, mas seria mentira dizer que me recordo. Entretanto, Prisoners in Paradise, de 1991, não sai da minha memória. Não sei ao certo dizer as razões que me faziam ter interesse em ouvi-lo. Talvez a capa e toda sua obscuridade (uma ilustração inspirada na canção homônima ao álbum), ou talvez imaginar que ouvir o que elas ouviam nos deixava mais próximos.

A questão é que até hoje eu tenho Prisoners in Paradise. Lançado no segundo semestre de 1991, ele é o quinto álbum de estúdio do Europe. Dele, saíram três singles: “Prisoners in Paradise”, “I’ll Cry for You” e “Halfway to Heaven”. É bem verdade que o grupo vinha desgastado desde o grande sucesso de The Final Countdown, tanto é que no ano seguinte ao lançamento de Prisoners in Paradise a banda encerrou suas atividades, retornando apenas em 2003, após suas carreiras solo não terem decolado como previam.

Joey Tempest, vocalista do Europe, não encontrou uma medida para seus falsetes e linhas melódicas e, desta maneira, emulou o que outros vocalistas com melhores relações públicas na mídia faziam.

Olhando para trás quase 25 anos após seu lançamento, é possível ver que o disco foi prejudicado por vários fatores. Joey Tempest, vocalista do Europe, não encontrou uma medida para seus falsetes e linhas melódicas e, desta maneira, emulou o que outros vocalistas com melhores relações públicas na mídia faziam.

A pressão por entregar um outro álbum como The Final Countdown consumiu o grupo até suas entranhas, a começar pela cobrança deles mesmos com relação ao resultado de seus novos trabalhos. A imprensa especializada também não foi nem um pouco “camarada” com eles.

Canções como “Halfway to Heaven” e “I’ll Cry for You” eram hits certos, não fosse o Skid Row e seu Slave to the Grind, lançado meses antes e que abocanhou vários prêmios da crítica, como o Readers Choice Awards, da revista Metal Edge.

Kee Marcelo, guitarrista que assumiu o lugar de John Norum após The Final Countdown, foi muito criticado. Seus solos de guitarra foram considerados óbvios, pouco inventivos, e seus riffs continuamente eram comparados aos de Norum. Para completar, o Guns and Roses parecia a única banda capaz de fazer frente ao grunge que estava em ebulição. Sem internet, pouco eles conseguiam espalhar sua sonoridade. Foi assim que romperam e seguiram carreiras solos apenas na Suécia, mesmo cantando em inglês.

Ao menos deixaram algumas faixas mais obscuras, as únicas de toda carreira do grupo. “Girl From Lebanon”, “Prisoners in Paradise” e “Bad Blood” marcam a trinca de ferro do “chifrinho com as mãos”. Os teclados apareciam menos, as distorções eram mais carregadas e as temáticas fugiam completamente de histórias de amor (ou dor de corno). No final das contas, foi o disco que me fez perceber que já havia sido apanhado pelo rock e que dele nunca mais me livraria. Ainda bem.

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Tags: EuropeGlam RockMúsicaPrisoners in ParadiseThe Final Countdown

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