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‘A Galinha Pim-Pim’: medo e maternidade no palco

porHelena Carnieri
19 de setembro de 2017
em Teatro
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Que alívio perceber que mais alguém teve sua vida profundamente mudada pela maternidade – aos poucos deverei me dar conta de que essa é a regra, não a exceção.

Mais uma vez lá estava eu com motivos afetivos na plateia. A Galinha Pim-Pim foi a primeira peça a que levei minha filha, então com 2 anos. Na minha cabeça estava tudo resolvido e as luzes apagadas não representariam qualquer ameaça à criança. Mais ou menos aos 15 segundos de espetáculo, ela passou a gritar “Ir pra casa! Ir pra casa!” e tive que sair correndo, deixando até a mochila para trás, tamanho meu despreparo com aquela situação e receio de incomodar. Mal sabia eu…

Talvez eu faça um parágrafo-parênteses aqui. Só então, nos últimos meses de gravidez do segundo filho, com a primogênita beirando os 2, minha vida realmente mudou. A mudança com o nascimento dela fora fichinha perto do fogueteiro que foi, e é até hoje, ter 2 pequenos debaixo das asas. Em relação à criança, falar em “ciúmes” é uma maneira generalizante de tentar encaixar em uma palavra as transmutações de humor, autoconfiança e os desesperos de quem vê seu lugar se dividir em dois.

Outra questão é o tema abordado, medo e coragem. Quando essas faculdades humanas são transpostas ao universo das animais, assim como em tantas fábulas, temos um canal direto com o entendimento em formação dos pequenos.

Quanto a mim, foi o momento em que fui apresentada à noção de frustração das minhas vontades. Ter que mudar planos nunca foi fácil. Agora, porém, esse era o modus operandi cotidiano.

Eis meu vazio interior ao me deparar com uma peça não vista mesmo após pagar ingresso e entrar! Ó céus, problemas de primeiro mundo.

Eis que chegamos ao motivo desse texto, quando, após um ano e meio do incidente, vimos a famosíssima A Galinha Pim-Pim, nós quatro. Uma celebridade lá em casa, que cumpriu seu intento de facilitar a discussão sobre o medo mesmo antes de a peça ser vista na totalidade.

A personagem criada e interpretada por Olga Nenevê é uma galinha não figurativa, ou seja, não traz uma horrenda cabeça de pelúcia e sim o lindo rosto da artista com figurino rendado de Eduardo Giacomini. Pim-Pim não é tão medrosa quanto suas colegas de galinheiro, mas precisa enfrentar todas as demais limitações de sua espécie quando tem seu ovo roubado por uma raposa.

Pausa, novo parágrafo-parênteses. Aprende-se muito sobre teatro infantil com essa iniciativa tão lindamente mesclada à própria maternidade de Olga e Eduardo.

O clímax envolvendo o roubo do ovo demora a acontecer. Primeiro, [highlight color=”yellow”]a peça constrói grande empatia entre a audiência e a personagem.[/highlight] Aprendemos características sobre ela, vemos que já tentou voar, sem sucesso, mas que continuou vivendo. A música embala seus movimentos, e um áudio narra a história poeticamente e com vagar. Projeções contracenam com ela, tudo muito simples. Sem foguetório ou coreografias complexas.

Outra questão é o tema abordado, medo e coragem. Quando essas faculdades humanas são transpostas ao universo das animais, assim como em tantas fábulas, [highlight color=”yellow”]temos um canal direto com o entendimento em formação dos pequenos.[/highlight] Outro ponto é a liberdade para se tratar de questões complexas, com as quais nós mesmos ainda não lidamos bem, num palco para crianças.

[box type=”note” align=”” class=”” width=””]Ficha Técnica

Texto e Interpretação: Olga Nenevê
Direção, cenário e figurino: Eduardo Giacomini
Direção de Movimento: Marila Velloso
Sonoplastia: Edith de Camargo
Iluminação: Lucas Amado
Vídeos e designer gráfico: Alessandra Nenevê
Produção: EGM produções Artísticas
Realização: Grupo Obragem de Teatro
Fotos: Elenize Dezgeniski[/box]

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Tags: A Galinha Pim-PimCrítica TeatralGrupo ObragemOlga NenevêTeatroTeatro infantil

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