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Lobos nas Paredes faz metáfora de nossos medos

porAline Vaz
29 de junho de 2015
em Teatro
A A
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Trocando em Miúdos: Companhia Vigor Mortis estreia Lobos nas Paredes. Espetáculo, em cartaz no Auditório Salvador de Ferrante – Guairinha, é adaptação do livro homônimo do escritor britânico Neil Gaiman.


Sem sangue escorrendo pelo palco, a Companhia Vigor Mortis investe em uma nova abordagem do horror. Em Lobos nas Paredes, com texto e direção de Paulo Biscaia Filho, a partir da obra de Neil Gaiman, vemos a metáfora do horror para todas as idades. Assistindo ao espetáculo, entre adultos e crianças, questionei se a peça não era muito forte para o público infantil e encontrei a resposta: para elas, são apenas lobos, e não outras ameaças. Como eu queria ter medo apenas dos lobos!

Logo no início já sentimos o primeiro sintoma do horror que nos persegue. A menina Lucy (Uyara Torrente) não estava sozinha, mas era como se estivesse. Vestindo uma blusa com listras brancas e vermelhas, lembrando o personagem Wally, encontra-se perdida na casa entre a família. Quantas vezes estamos acompanhados e ficamos assustados com aquele barulho emitido ao nosso redor? Para que possa criar uma relação com os barulhos estranhos, a menina estranha, mas esperta, estranha, mas sensível, nomeia com adjetivos os sons inexplicáveis. A semântica explica que nomeamos coisas do mundo dito real ou de algum mundo que talvez não conheçamos, mas que poderia existir, para que possamos nos identificar com alguma representação mental – criamos conceitos. O barulho dos lobos nas paredes é circunspecto, patusco, farfalhante, crepitante, furtivo, rastejante, amarrotado… Palavras que não são conhecidas no vocabulário do cotidiano infantil, mas que ao criar um código linguístico é possível criar representações para as novas palavras. Cada espectador cria o seu conceito para o barulho circunspecto, patusco, farfalhante, crepitante, furtivo, rastejante e amarrotado.

Lobosnasparedes

“Cada espectador cria o seu conceito para o barulho circunspecto, patusco, farfalhante, crepitante, furtivo, rastejante e amarrotado.”

Os lobos nas paredes podem representar opressão, exílio, violência… Eu escolhi o medo. Lucy vive em uma família em que o irmão só joga videogame e não quer papo com a irmã, a mãe preocupa-se com as geleias e o pai conversa com a filha sem nunca olhar para ela. Sozinha, Lucy precisa enfrentar o medo, avisar a família que algo desconhecido e assustador está por perto. O medo existe quando damos ouvido a ele. A família tenta ignorar, porque quando os lobos saem das paredes tudo está acabado. E eles saem. A primeira atitude é fugir da casa. Depois é preciso voltar e enfrentá-los. Quem nunca deixou seus monstros fugirem e depois precisou enfrentá-los? E depois de vencer os seus monstros outros virão. É preciso estar atento aos barulhos, saber nomeá-los e expulsá-los.

A música do porquinho cativa com o refrão interpretado por Uyara Torrente: “Levanto um muro alto pra nada disso passar; com mais de cem mil metros para nada te machucar”. Às vezes é preciso derrubar os muros, enfrentar o perigo do lado de lá e sair de nossas paredes.

Serviço

Lobos Nas Paredes
Local: Centro Cultural Teatro Guaíra – Auditório Salvador de Ferrante – Guairinha
Rua XV de Novembro, 971 – Centro, Curitiba – PR, 80020-310
Classificação: Livre
Ingresso: R$ 24,00. Taxa administrativa: R$ 6,00
Quando: Dias 03 e 10/07, às 20h; Dias 04 e 11/07, às 16h e 20h; Dias 05 e 12/07, às 11h e 16h.

Para mais informações clique aqui.

Tags: Crítica TeatralLobos nas ParedesNeil GaimanPaulo Biscaia FilhoTeatroUyara TorrenteVigor Mortis

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