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Mostra ‘Madonna – Ícone Pop’ revisita intensa e controversa trajetória da artista no cinema

De 17 a 29 de junho, a CAIXA Cultural Curitiba exibe 21 filmes estrelados ou dirigidos por Madonna na mostra 'Madonna – Ícone Pop', além de oficinas e debate sobre sua influência na cultura pop.

porPaulo Camargo
17 de junho de 2025
em Cinema
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21 filmes estrelados ou dirigidos por Madonna estarão na mostra. Imagem: Reprodução.

21 filmes estrelados ou dirigidos por Madonna estarão na mostra. Imagem: Reprodução.

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Madonna nunca foi só uma cantora. Desde que surgiu, nos anos 1980, ela entendeu como poucos o poder da imagem e da narrativa. E, nesse jogo entre o que se é e o que se constrói, o cinema sempre foi para ela mais que um capricho de estrela pop — foi uma extensão do seu próprio corpo, da sua persona e da sua vontade de estar no centro da cultura. A mostra Madonna – Ícone Pop, que ocupa a CAIXA Cultural Curitiba de 17 a 29 de junho, convida o público a percorrer essa filmografia que, embora frequentemente desdenhada, é tão reveladora quanto seus discos e seus shows.

É curioso observar como a crítica, desde sempre, torceu o nariz para suas incursões cinematográficas. Poucos artistas foram julgados com tanta severidade ao atravessar linguagens. Mesmo quando o resultado era, no mínimo, interessante, pairava sobre ela um julgamento que pouco tinha a ver com a performance ou o roteiro — e muito mais com o incômodo que Madonna provoca. Ainda assim, ela construiu uma carreira no cinema que vai muito além dos memes de Corpo em Evidência ou dos fracassos comerciais como Surpresa de Shanghai. Está tudo ali, lado a lado: os erros, os acertos, as escolhas estranhas, os delírios, os acenos ao star system e os flertes com o cinema de autor.

Mesmo quando o resultado era, no mínimo, interessante, pairava sobre ela um julgamento que pouco tinha a ver com a performance ou o roteiro — e muito mais com o incômodo que Madonna provoca.

Há, claro, seus momentos de consagração. Procura-se Susan Desesperadamente, filme que sintetiza como poucos o espírito dos anos 1980, foi um deles. Depois, a consagração definitiva — e única, no sentido da aceitação da indústria — veio com Evita, quando, enfim, a estrela pop foi levada a sério como atriz e chegou a vencer o Globo de Ouro (comédia/musical). Mas esses são, na verdade, pontos fora da curva. O que a mostra evidencia é que a aventura de Madonna pelo cinema sempre foi, sobretudo, uma batalha pela autonomia: testar os próprios limites, desafiar o olhar alheio, tropeçar, acertar e seguir.

Os encontros que ela promoveu ao longo dessa trajetória dizem muito. Trabalhou com Abel Ferrara em Olhos de Serpente, com Warren Beatty em Dick Tracy, com Woody Allen em Neblina e Sombras, com Spike Lee em Girl 6, com John Schlesinger em Sobrou pra Você, e com Alan Parker em Evita. Nenhum desses filmes é banal, embora alguns sejam estranhos, irregulares, ou, no mínimo, difíceis de defender. Mas todos são testemunhos de uma artista que nunca esteve disposta a ser menor do que sua própria ambição.

E há Na Cama com Madonna, talvez sua obra cinematográfica mais poderosa — ainda que não seja, tecnicamente, um filme de ficção. O documentário que acompanha a turnê “Blond Ambition” não só redefiniu o gênero, como também escancarou um nível de exposição e controle da própria narrativa que, à época, parecia inconcebível. Mais de três décadas depois, ainda é desconfortável, provocativo e, sobretudo, necessário.

Quando assume a direção, a partir de Sujos e Sábios e depois com W.E. – O Romance do Século, Madonna parece dar uma resposta definitiva ao olhar masculino que, por tanto tempo, mediou sua presença no cinema. Seus filmes como diretora são desequilibrados, sim, e às vezes até excessivamente artificiais, mas também profundamente pessoais. Falam de desejo, de controle, de mulheres que desafiam convenções — e, no fundo, falam dela mesma.

A mostra que chega agora a Curitiba não se limita às telas. As oficinas de perucaria, conduzidas pela artista Malonna, são um mergulho na estética de Madonna, na sua obsessão pelo corpo como dispositivo de transformação. E o debate, que reúne o jornalista Abonico Smith e a performer Lady Lazzarus, propõe algo que há muito se faz necessário: olhar para Madonna não como um fenômeno descartável da cultura pop, mas como uma artista que moldou — e continua moldando — os modos como entendemos gênero, performance, desejo e poder.

Rever seus filmes é, portanto, mais do que um exercício de cinefilia pop. É, acima de tudo, uma oportunidade de entender como uma mulher se insurgiu contra os lugares que o mundo quis lhe impor — na música, na moda, no palco e, claro, no cinema. E talvez seja justamente nesse trânsito imperfeito, entre frames e refrões, que Madonna continue sendo tão perturbadora, tão fascinante e tão indispensável.

Programação

1ª semana

Terça – 17/6

  • 17h – Em Busca da Vitória (107 min) | 14 anos
  • 19h30 – Sessão de abertura: Procura-se Susan Desesperadamente (104 min) | 12 anos

Quarta – 18/6

  • 17h – Dick Tracy (105 min) | 12 anos
  • 19h30 – Na Cama com Madonna (122 min) | 16 anos

Quinta – 19/6

  • 17h – Surpresa de Shanghai (97 min) | 14 anos
  • 19h30 – Quem é Essa Garota? (94 min) | 10 anos

Sexta – 20/6

  • 15h – Sem Fôlego (89 min) | 14 anos
  • 17h – Doce Inocência (93 min) | 12 anos
  • 19h30 – Uma Equipe Muito Especial (128 min) | 12 anos

Sábado – 21/6

  • 15h – Um Certo Sacrifício (60 min) | 16 anos
  • 17h – Olhos de Serpente (109 min) | 16 anos
  • 19h30 – Corpo em Evidência (99 min) | 18 anos

Domingo – 22/6

  • 14h30 – 007 – Um Novo Dia para Morrer (134 min) | 12 anos
  • 17h30 – Evita (135 min) | Livre

2ª semana

Terça – 24/6

  • 15h – Destino Insólito (89 min) | 12 anos
  • 17h – Sobrou pra Você (108 min) | 12 anos

Quarta – 25/6

  • 14h – Oficina de perucaria | 14 anos
  • 17h – Corpo em Evidência (99 min) | 18 anos
  • 19h30 – Olhos de Serpente (109 min) | 16 anos

Quinta – 26/6

  • 14h – Oficina de perucaria | 14 anos
  • 17h – Grande Hotel (98 min) | 16 anos
  • 19h30 – Quem é Essa Garota? (94 min) | 10 anos

Sexta – 27/6

  • 14h – Oficina de perucaria | 14 anos
  • 17h – Neblina e Sombras (85 min) | 14 anos
  • 19h30 – Procura-se Susan Desesperadamente (104 min) | 12 anos

Sábado – 28/6

  • 15h – Dick Tracy (105 min) | 12 anos
  • 17h – Debate: Madonna e a Cultura Pop (com Abonico Smith e Lady Lazzarus) | 14 anos
  • 19h30 – Na Cama com Madonna (122 min) | 16 anos

Domingo – 29/6

  • 14h – Girl 6 (108 min) | 14 anos
  • 16h – Sujos e Sábios (81 min) | 14 anos
  • 18h – W.E. – O Romance do Século (119 min) | 14 anos

SERVIÇO | Mostra Madonna – Ícone Pop

Onde: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro – Curitiba/PR;
Quando: de 17 a 29 de junho de 2025;
Quanto: ingressos gratuitos, distribuídos na bilheteria 30 minutos antes de cada sessão;
Capacidade: 125 lugares (2 para cadeirantes)
Classificação indicativa: verificar por filme.

Mais informações podem ser obtidas no site da CAIXA Cultural Curitiba | Instagram @caixaculturalcuritiba | (41) 4501-8722.

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Tags: Caixa Cultural CuritibaCinemaMadonnaMadonna Ícone PopNa Cama com Madonna

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