• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Artes Visuais

‘A Vastidão dos Mapas’: a infinitude de nossas fronteiras

'A Vastidão dos Mapas' reflete sobre o significado de mapas, criando diálogo envolvente entre cartografia de séculos passados e arte contemporânea.

porMariana Benevides
4 de junho de 2017
em Artes Visuais
A A
A Vastidão dos Mapas

Fragmento de "Sarajevo" (2001), da série Body Builders, Alex Flemming. Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Soaria interessante uma exposição acerca da cartografia dos séculos XVI, XVII e XVIII, de quando os navegadores descobriam novos mundos e delimitavam territórios e culturas. No entanto, o núcleo de cartografia da Coleção Santander Brasil, responsável por 71 mapas originais e raros, quis ir além disso: por que não propor reflexões sobre fluxos territoriais por meio da arte contemporânea? Afinal, o mapeamento de espaços não deve se limitar apenas a nações, podendo ter representações muito mais abstratas de deslocamentos e fronteiras.

A mostra A Vastidão dos Mapas, um diálogo entre o contemporâneo e o antigo, parece surgir da vontade de sair do “mais do mesmo”. Com curadoria incrível de Agnaldo Faria, a exposição une artistas contemporâneos que desafiam o conceito tradicional de mapas e coordenadas: as obras diferem entre colagens, pinturas, fotografias, quadros tridimensionais e até mesmo tatuagens e incisões. E, claro, uma preciosa e bem conversada coleção de mapas de séculos passados.

Nenhum dos artistas presentes na exposição poderia um dia especular estar ao lado de renomados cartógrafos europeus, expostos em diversos atlas e livros de exploradores. Se tal combinação lhe soar inadequada, sugiro uma ida ao MON para provar o contrário.

"Cartografia aos 27 anos", Rafael Assef
“Cartografia aos 27 anos” (2004), Rafael Assef. Imagem: Reprodução.

Assim como os mapas antigos orientavam os estudiosos e as grandes navegações, a definição de nossas próprias coordenadas pode nos levar a ensaios sobre nós mesmos.

A gama de obras presentes abre olhos e ouvidos, fazendo perceber que os limites dos nossos corpos, da nossa casa, o percurso que fazemos até o trabalho ou a faculdade também são coordenadas, e não devemos ignorá-las.

“Cartografia aos 27 anos”, do artista Rafael Assef, mostra de maneira agressiva o que A Vastidão dos Mapas pretende passar. Localizada logo ao início da exposição, apresenta uma linguagem bastante contemporânea, onde Assef, por meio de uma tatuagem, utiliza sua própria perna como objeto cartográfico. A partir de incisões na pele, ele projeta seus próprios percursos com feridas e cicatrizes.

O conceito proposto pela exposição se mostra ainda mais versátil quando botamos o trabalho íntimo de Assef ao lado de obras como “Israel e Sarajevo”, da série Body Builders, de Alex Flemming. O artista critica de maneira rebelde as disputas e guerras territoriais mundo afora, projetando-as em fotografias de corpos jovens e esbeltos, como uma crítica à anatomia política e geográfica.

Do trabalho lúdico de Nelson Leirner e Marcelo Brodsky à irreverência de Alex Flemming e Rafael Assef, refletimos sobre nossas fronteiras pessoais. Assim como os mapas antigos orientavam os estudiosos e as grandes navegações, a definição de nossas próprias coordenadas pode nos levar a ensaios sobre nós mesmos. A cartografia se prova, aqui, tanto científica quanto empírica, tanto histórica quanto contemporânea. A Vastidão dos Mapas discute a infinitude de nossas fronteiras terrestres e corporais, e merece sua visita e reflexão.

Fragmento de "Assim é... Se lhe parece"
“Assim é… Se lhe parece” (Nelson Leirner, 2010). Imagem: Reprodução.

SERVIÇO | ‘A Vastidão dos Mapas – Arte contemporânea em diálogo com mapas da Coleção Santander Brasil’

Onde: Museu Oscar Niemeyer | R. Mal. Hermes, 999 – Centro Cívico;
Quando: De 31 de maio a 6 de agosto, terça a domingo, das 10h às 18h;
Quanto: R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (meia-entrada) | Quartas com entrada franca. Primeira quinta do mês, horário estendido até às 20h, com entrada gratuita após as 18h. Maiores de 60 e menores de 12 anos têm entrada franca.
Mais informações: MON – site oficial

ESCOTILHA PRECISA DE AJUDA

Que tal apoiar a Escotilha? Assine nosso financiamento coletivo. Você pode contribuir a partir de R$ 15,00 mensais. Se preferir, pode enviar uma contribuição avulsa por PIX. A chave é pix@escotilha.com.br. Toda contribuição, grande ou pequena, potencializa e ajuda a manter nosso jornalismo.

CLIQUE AQUI E APOIE

Tags: A Vastidão dos MapasAlex Flemmingarte contemporâneaartes plásticasArtes VisuaiscartografiaColeção Santander BrasilMarcelo BrodskyMONMuseu Oscar NiemeyerNelson LeirnerRafael AssefSantanderSantander Brasil

VEJA TAMBÉM

Segunda edição da Bienal do Lixo ocupa Parque Villa-Lobos até domingo. Imagem: Divulgação.
Artes Visuais

Em ano de COP30, Bienal do Lixo quer desafiar população a conceber novas formas de pensar o consumo

23 de maio de 2025
Exposição ficará até abril de 2026. Imagem: Gabriel Barrera / Divulgação.
Artes Visuais

Exposição na Estação Luz celebra a Clarice Lispector centenária

8 de maio de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

Cena de 'Eros', de Rachel Daisy Ellis. Imagem: Reprodução.

Sem pudores, ‘Eros’ aborda a sexualidade brasileira a partir dos motéis

24 de junho de 2025
Adaptação da obra de Margaret Atwood chegou ao fim após seis temporadas. Imagem: MGM Television / Divulgação.

‘The Handmaid’s Tale’ chega ao fim — e deixa um vazio inquietante

24 de junho de 2025
Novo filme faz parte de uma nova trilogia, cuja sequência já foi filmada. Imagem: Columbia Pictures / Divulgação.

‘Extermínio 3: A Evolução’ revisita os escombros de uma nação

23 de junho de 2025
Autora produziu um dos maiores fenômenos literários das últimas décadas. Imagem: Marcia Charnizon / Divulgação.

Por que os leitores amam — e nem toda crítica gosta — de ‘Tudo É Rio’, de Carla Madeira

20 de junho de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.