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Colorido e criativo, ‘Doutor Estranho’ dá um soco na ideia de ego inflado

Para lançar o personagem para as multidões, 'Doutor Estranho' coloca em harmonia o mágico e o científico, enquanto concede um show de concepção visual.

porTiago Bubniak
10 de dezembro de 2019
em Cinema
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Após sofrer um acidente, o neurocirurgião Stephen Strange é forçado a reconhecer outras leituras da realidade. Imagem: Reprodução.

Após sofrer um acidente, o neurocirurgião Stephen Strange é forçado a reconhecer outras leituras da realidade. Imagem: Reprodução.

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Um dos grandes feitos de Thor (2011) ao apresentar o personagem para o grande público foi conseguir unir magia e ciência de forma competente. O filme é capaz de amenizar a descrença, fazendo com que o espectador disposto a embarcar na brincadeira acredite ser mesmo possível o aniquilamento das fronteiras entre o mundo de um deus nórdico vindo de longínquas paragens e o mundo de uma cientista terráquea.

Doutor Estranho (2016) segue na mesma direção: lança o personagem para as multidões colocando com harmonia o mágico e o científico de mãos dadas na história de um neurocirurgião bem-sucedido que busca refúgio no misticismo para superar a deficiência causada por um acidente. No caso, o doutor Stephen Strange, muito bem interpretado por Benedict Cumberbatch.

O diretor e sua equipe transformam Doutor Estranho em um caleidoscópio colorido e multiforme, caracterizado por mandalas e viagens psicodélicas.

Arrogância, ambição e teimosia formam o tripé que sustenta sua existência. Após enfrentar intenso amargor por perder o movimento das mãos e, consequentemente, o sucesso como profissional, Stephen segue para o Nepal em busca do auxílio de uma anciã que pode curar qualquer doença (Tilda Swinton em um papel originalmente masculino). Lá ele se vê forçado a reconhecer outras leituras possíveis da realidade que não única e exclusivamente aquelas moldadas pela sua crença científica.

A encarnação do antagonista Kaecilius coube a Mads Mikkelsen, conhecido pelo estupendo A Caça (2012), de Thomas Vinterberg. Cumberbatch, Swinton e Mikkelsen encaixam-se perfeitamente em seus papéis, engrossando a lista de personagens marcantes desses atores que, mais uma vez, dão uma mostra respeitável do talento que possuem.

Para dar conta do relato, o diretor Scott Derrickson concede um show de concepção visual, ele que vem de uma filmografia marcada pelo terror, com obras como A Entidade (2012), Livrai-nos do Mal (2014) e O Exorcismo de Emily Rose (2005). Como já ficou evidente no trailer, Doutor Estranho é fortemente inspirado em A Origem (2010), de Christopher Nolan. E isso não é nem de longe ruim.

Prédios que se dividem, metrópoles que se dobram, chão que se abre, personagens que correm pelo teto ou andam pelas paredes. Universos paralelos com comunicação entre eles, gravidade desafiada, manipulação de tempo e espaço. Tudo isso está presente. Tem até a “dimensão espelhada” que, divertidamente, pode ser comparada, na informática, ao ambiente homologação em oposição ao ambiente produção. Ou seja, é um espaço no qual os treinamentos, os testes, podem ser feitos sem interferência no sistema. Ou, no contexto do filme, sem consequências na dimensão real.

Mas como expor visualmente essa lista extensa de elementos? O diretor e sua equipe transformam Doutor Estranho em um caleidoscópio colorido e multiforme, caracterizado por mandalas e viagens psicodélicas. Essa inventividade de estimulação do olhar vem acompanhada de reflexões a respeito da força da humildade sobre a arrogância, da disciplina e da persistência sobre a lamentação acomodada. É feliz em sua missão de divertir, enquanto dá um soco na ideia de ego inflado. E que fique bem claro: há duas cenas pós-créditos.

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Tags: Benedict CumberbatchCinemaCríticaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaDoutor Estranhomads mikkelsenResenhaReviewScott DerricksonTilda Swinton

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