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‘Motel Destino’ é neon noir tropical inebriante

Novo longa-metragem do cineasta Karim Aïnouz, 'Motel Destino' explora a sensualidade ao limite, oferecendo um drama existencial muito envolvente.

porPaulo Camargo
25 de agosto de 2024
em Cinema
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Imagem: Divulgação.

Imagem: Divulgação.

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O Motel Destino é um refúgio sem qualquer glamour. Com espelhos no teto e sem champanhe gelada, esse estabelecimento decadente de beira de estrada é o cenário do novo e intenso filme erótico de Karim Aïnouz. Não é um palácio de prazer, mas serve como esconderijo improvisado para casais ilícitos e trios ousados, que buscam momentos de privacidade em quartos apressadamente limpos. É o cenário perfeito para um neon-noir tropical, lembrando a atmosfera densa e suada de Corpos Ardentes, clássico oitentista de Lawrence Kasdan, estrelado por William Hurt e Kathleen Turner. Ou romance noir O Destino Bate à Sua Porta, de James Cain.

Esse thriller erótico foca mais na sensualidade do que na tensão típica do gênero. A narrativa, lenta e carregada de atmosfera, se desdobra em um enredo mínimo, quase experimental, no qual os traços do noir estão presentes, mas os personagens estão mais ocupados com seus desejos carnais para se envolverem em crimes.

A vibração sensual do filme, somada à sua paleta de cores intensas, cria uma experiência visual hipnótica e genuinamente cômica em sua lubricidade desavergonhada.

A vibração sensual do filme, somada à sua paleta de cores intensas, cria uma experiência visual hipnótica e genuinamente cômica em sua lubricidade desavergonhada. Para Aïnouz, o filme marca um retorno exuberante ao Brasil, especialmente à costa nordeste do Ceará, cenário também do seu (belíssimo) Praia do Futuro.

A história gira em torno de Heraldo (Hiago Xavier), um jovem de 21 anos que, insatisfeito com a monotonia de sua pequena cidade litorânea, planeja um assalto com seu irmão para escapar em busca de uma vida melhor. No entanto, uma noite no Motel Destino muda tudo. Roubado e com seu irmão morto, Heraldo é perseguido e, sem o dinheiro necessário para sua fuga, se esconde no motel. Ele oferece seus serviços à gerente Dayana (Nataly Xavier), uma mulher cansada e desencantada, que acaba aceitando a oferta, atraída pela juventude e virilidade do rapaz, apesar dos riscos.

A dinâmica entre Heraldo, Dayana e o volátil marido dela, Elias (Fábio Assunção), adiciona uma camada de tensão sexual à narrativa.

Elias, embora carismático, controla rigidamente a liberdade sexual no motel. A atração entre Heraldo e Dayana é imediata, mas tratada com cautela emocional por ela. Ainda assim, os encontros furtivos entre os dois trazem algum alívio à rotina exaustiva do motel.

Em Motel Destino, o sexo não é apenas um elemento da história, mas o seu núcleo. Aïnouz e a cinematógrafa Hélène Louvart capturam as cenas de intimidade com uma crueza autêntica, retratando o sexo de maneira natural e sem sensacionalismo, mostrando a fisicalidade do ato sem glamourização.

O filme, com sua estética vibrante e narrativa visceral, oferece um retrato pungente de vidas sem futuro, nas quais o prazer momentâneo é a única fuga. No Motel Destino, você pode satisfazer seus desejos, mas sair não será tão fácil.

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Tags: Cinema BrasileiroCrítica CinematográficaFábio AssunçãoIago XavierKarim AïnouzMotel DestinoNataly Rocha

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