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A voz de Greta Thunberg precisa ecoar

Ativista sueca Greta Thunberg serve de reflexão para a necessidade de dar espaço às crianças e adolescentes em debates fundamentais.

porCristiano Freitas
18 de dezembro de 2019
em Vale um Like
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Greta com o cartaz  em que se lê"Skolstrejk för klimatet" (em sueco, "greve escolar pelo clima"): representatividade para as novas gerações. Imagem: Reprodução.

Greta com o cartaz em que se lê"Skolstrejk för klimatet" (em sueco, "greve escolar pelo clima"): representatividade para as novas gerações. Imagem: Reprodução.

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Há pouco mais de 2 anos, a coluna “Vale um Like” estreou no portal Escotilha com o objetivo de destacar temas pertinentes à cultura voltada ao público infantojuvenil. Percorrendo questões da atualidade ou que marcaram gerações, esse espaço também se preocupa em reforçar a importância do protagonismo juvenil.

Por conta disso, na última publicação de 2019, proponho uma reflexão sobre a importância de Greta Thunberg para um novo olhar sobre as nossas crianças e adolescentes. A jovem ativista sueca, eleita personalidade do ano pela revista norte-americana Time, conseguiu a façanha de transformar uma “vaga preocupação sobre o planeta” em um movimento mundial que exige um novo comportamento global.

Chamada de “pirralha” pelo presidente Jair Bolsonaro e vítima de toda sorte de ataques nas redes sociais, a adolescente, de 16 anos, tornou-se símbolo da luta contra a mudança climática. Greta também mostra a importância da representatividade das novas gerações, peças-chave aos desafios para garantir a preservação do planeta e da própria humanidade.

Em tempos de tanta intolerância e ódio, exemplos como o de Greta Thunberg devem ser transformadores. É preciso – de uma vez por todas – entender a importância da pluralidade. A participação da jovem na Cúpula do Clima – COP25, em Madri, Espanha, é prova disso. Para avançarmos nesse tema, resgato um importante discurso sobre identidade e multiculturalismo realizado no início dos anos 2000 pela escritora Ana Maria Machado, no qual ela salienta que ninguém nasce com preconceito. De acordo com a autora, ele se adquire, pouco a pouco, inculcado pela sociedade.

Greta Thunberg foi eleita personalidade do ano pela revista “Time”. Imagem: Reprodução

De fato, esconde-se aí uma premissa perigosa. O estereótipo injeta preconceito nos corações e mentes. É cultural, não é natural. Como bem observa Ana Maria Machado, aos nossos meninos e meninas é fundamental o espaço à invenção e apostar na criação artística.

Greta também mostra a importância da representatividade das novas gerações, peças-chave aos desafios para garantir a preservação do planeta e da própria humanidade.

Com a desculpa de proteção ou para evitar “influências negativas”, não sobra brecha para a cultura criadora individualizada. Por essas e outras questões, muita gente simplesmente prefere ver em Greta apenas uma menina mimada, oportunista e alegórica.

Tal avaliação mascara nossa incapacidade de chegar além do óbvio, somos reféns daquilo que nos é familiar. Em termos de Brasil, demonstra nossa falta de prioridade à educação, que também justifica essa incapacidade de pensar o mundo além das nossas fronteiras visíveis.

Direito de expressão

Greta Thunberg sinaliza a necessidade de proteção ao direito de expressão dos diferentes. Em linhas gerais, cabe aqui repensar conceitos equivocados e superar estereótipos. Precisamos nos preocupar com nossos meninos e meninas em um sentido mais amplo – garantindo-lhes a voz, a possibilidade de enxergarem além de modelos previamente estabelecidos e de conviverem harmonicamente com culturas diferentes.

À beira do caos, nunca é demais lembrar das palavras do saudoso Edward Said. Em seu livro Cultura e Imperialismo, ele encerra a obra com um pensamento que pode nos ajudar a seguir em frente em dias tão nebulosos. “Hoje em dia, ninguém é uma coisa só (…) O imperialismo consolidou a mescla de culturas e identidades numa escala global. Mas seu pior e mais paradoxal legado foi permitir que as pessoas acreditassem que eram apenas, sobretudo, exclusivamente brancas, pretas, ocidentais ou orientais. No entanto, assim como os seres humanos fazem sua própria história, fazem também suas culturas e identidades étnicas. Não se pode negar a continuidade duradoura de longas tradições, de moradias constantes, idiomas nacionais e geografias culturais, mas parece não existir nenhuma razão, afora o medo e o preconceito, para continuar insistindo na separação e distinção entre eles, como se toda a existência humana se reduzisse a isso. A sobrevivência, de fato, está nas ligações entre as coisas. Nos termos do poeta T. S. Eliot, a realidade não pode ser privada dos ‘outros ecos (que) habitam o jardim’.”

Obrigado pela companhia todas as quartas. Até 2020, um maravilhoso fim de ano a todos. Boas festas, #tamojunto

O exemplo de Greta Thunberg reforça a importância de dar voz às novas gerações. Imagem: Reprodução

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Tags: adolescentesAna Maria MachadocriançasCultura e ImperialismoCúpula do Clima – COP25debateEdward SaidescotilhaEspanhaEstereótipoGreta ThunbergJair BolsonaroMadriMudança climáticaMulticulturalismoNovas geraçõesPirralhaProtagonismo juvenilreflexãoRepresentatividaderevista TimesuéciaT. S. Eliotvale um like

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