Éramos Seis, de 1943, se tornou um clássico da literatura brasileira e marcou gerações de leitores por meio da sempre querida e inesquecível coleção Vaga-Lume a partir dos anos de 1970. Mais que uma obra de sucesso, a trama, escrita pela saudosa escritora paulista Maria José Dupré, também fez história na televisão.
A saga de dona Lola e sua família rendeu 5 adaptações para a tevê: Record TV (1958), TV Tupi (1967 e 1977), SBT (1994) e a mais recente estreia ainda neste mês de setembro pela Rede Globo na faixa das 18 horas. No ano do 35º aniversário de morte da escritora, a novela, escrita por Angela Chaves, é baseada no folhetim adaptado por Silvio de Abreu e o saudoso Rubens Ewald Filho.
Abreu e Filho assinaram as versões de 1977 e 1994, que ampliaram a narrativa do livro de Maria José Dupré. A novela será dividida em três períodos – começa em 1920 e vai até 1940 – para mostrar as diferentes fases da família Lemos. “A novela conta a trajetória de Lola para manter a união e a harmonia familiar, mesmo tendo muitas dificuldades o tempo todo. É sobre a força dessa mulher e de sua família, que vive com poucos recursos, mas cercada de afeto”, falou Angela Chaves, autora do remake, em entrevista ao Gshow.
Narrada em 1ª pessoa por Lola, ‘Éramos Seis’ é uma viagem pela história do Brasil nas primeiras décadas dos anos de 1900.
Glória Pires dá vida à matriarca Lola. Casada com Júlio (Antonio Calloni), é extremamente dedicada à criação dos filhos Carlos (Xande Valois/Danilo Mesquita), o mais velho e motivo de orgulho para os pais; Alfredo (Pedro Sol/Nicolas Prattes), rebelde que vive se metendo em confusão e tem ciúme do irmão; Isabel (Maju Lima/Giullia Buscacio), determinada e independente, é a favorita do pai – por ser a única filha mulher; e Julinho (Davi de Oliveira/André Luiz Frambach), o caçula da família – que desde criança demonstra habilidade para lidar com dinheiro.
Defendida por atrizes como Nicette Bruno e Irene Ravache, Lola surge com novidades na primeira adaptação da Globo para Éramos Seis. “Além de uma dramaturgia mais contemporânea, temos personagens mais complexos, nos quais nos aprofundamos. Lola, embora ainda seja uma personagem de 1920, vem um pouco à frente de seu tempo, tem pensamentos mais atuais”, comentou o diretor artístico da novela, Carlos Araújo.
Narrada em 1ª pessoa por Lola, Éramos Seis é uma viagem pela história do Brasil nas primeiras décadas dos anos de 1900. Entre Itapetininga e São Paulo, a trama percorre momentos importantes do país, como a Revolta Paulista de 1924 e a Revolução Constitucionalista de 1932. A trama também tem reflexo das duas grandes guerras mundiais, entre outros temas.
Como o próprio nome sugere, Éramos Seis se destaca pela forma sensível como retrata as alegrias, tristezas e dificuldades de Lola e sua família. Emocionante e atemporal em várias questões que aborda, o livro de Maria José Dupré, responsável também pelo clássico infantil Cachorrinho Samba, é leitura obrigatória sempre. Vale realmente um novo remake…