Confesso: sou fã do reality show musical The Masked Singer Brasil. Sendo bem sincero, ainda nas primeiras chamadas sobre a atração, minhas expectativas não eram as melhores. Esperava algo bobo e sem graça, nada além disso. O programa, exibido todas as terças pela Rede Globo, chegou ao quarto episódio esta semana e virou – sem dúvida alguma – roteiro obrigatório e me fez rever todos os meus conceitos.
Em tempos de pandemia, The Masked Singer Brasil traz uma leveza necessária para a telinha. Comandando por Ivete Sangalo, o reality show coloca celebridades das mais diferentes áreas com fantasias inusitadas no palco para uma disputa de canto. Ao lado de Veveta, os jurados – os atores Rodrigo Lombardi, Taís Araújo e Eduardo Sterblitch (comediante maravilhoso também, diga-se de passagem), além da cantora Simone (da dupla com Simaria) – também roubam a cena. A influenciadora digital Camilla de Lucas, que participou do Big Brother Brasil 21, assume o posto de repórter nos bastidores.
Explico: o programa rola de forma muito descontraída. É quase como uma grande gincana lúdica, que chega ao ápice com as performances dos participantes com seus figurinos fofos. Como não amar, por exemplo, a encantadora Unicórnio ou o alto astral do Jacaré? As trocas de Ivete com o trio de jurados são divertidas e leves. Parece que nem é necessário seguir um roteiro. É tipo “segue a festa, pessoal, sem estresse!”. Desde a semana passada, convidados especiais juntam-se aos jurados: a primeira foi a atriz Mariana Ximenes (24/8) e no episódio de ontem (31/8), Gil do Vigor, do BBB 21.
Êxtase
Todo mundo fica extasiado diante da tentativa de descobrir quem está por trás das máscaras. É cada chute maluco, mas que adiciona um aperitivo a mais na experiência do espectador. Os quatro primeiros eliminados – Sidney Magal (Hot dog – dogão), Renata Ceribelli (Brigadeiro), Marcelinho Carioca (Coqueiro) e Marrone (Boi-Bumbá) – levaram a internet à loucura. As redes sociais também se renderam ao The Masked Singer Brasil (desde a estreia, a atração contabilizou 43 termos nos trending topics mundiais e 68 no Brasil). A audiência também vai muito bem – em torno de 21 pontos.
Em tempos de pandemia, ‘The Masked Singer Brasil’ traz uma leveza necessária para a telinha.
Acredito que um dos segredos do sucesso do programa, fenômeno em vários países, é realmente esse convite ao lúdico. A experiência de entrega que ele proporciona – topar surgir diante de milhões de pessoas como um brigadeiro, para citar como exemplo a jornalista Renata Ceribelli, não deve ter sido algo muito fácil de imediato – é também um convite a se permitir experiências novas. No dia a dia, diante de inúmeras circunstâncias, acabamos levando tudo a sério demais. A atração acaba sendo um momento de relaxamento, excelente para espantar os problemas cotidianos.
Se você ainda não conferiu The Masked Singer Brasil, fica a dica. Deixe essa experiência fluir numa boa, entregue-se ao entretenimento sem fazer juízo de valor. Asseguro que será um momento, no mínimo, divertido. E aí, quem será o próximo personagem desmascarado? Façam as suas apostas!