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Home Crônicas Henrique Fendrich

Cinco escritores pouco lidos

porHenrique Fendrich
13 de março de 2019
em Henrique Fendrich
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cinco escritores pouco lidos

Imagem: Reprodução.

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Pablo Neruda não era Neruda de nascimento. O nome é homenagem ao tcheco Jan Neruda. Há um livro de contos do Neruda verdadeiro publicado no Brasil, Malá Strana – Vestígios de Praga. Em um deles, Neruda faz uma espécie de O cortiço da República Tcheca, com várias histórias de vizinhos se entrecruzando. Ele repete o tema, e com melhor êxito, no ótimo Figuras, narrado por meio de um diário e que tem lá as suas semelhanças com o nosso Machado. No mais, vários contos em que o narrador se volta a histórias e tipos singulares do passado.

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Por falar em tchecos, vale uma lida nos contos de Karel Čapek. Ele é autor de Histórias apócrifas, em que reconta episódios históricos da humanidade a partir de pontos de vista alternativos, geralmente levando a efeitos cômicos. Por exemplo, ele conta a história da multiplicação dos pães realizada por Jesus sob a ótica de um padeiro indignado com essa “concorrência desleal”. É muito divertido também ver os moradores das cavernas discutindo “a decadência dos tempos”. Há muitos deliciosos anacronismos, pois, mais do que “brincar” com a História, Čapek também nos leva a lançar um olhar irônico sobre os tempos modernos.

Pablo Neruda não era Neruda de nascimento. O nome é homenagem ao tcheco Jan Neruda. Há um livro de contos do Neruda verdadeiro publicado no Brasil, ‘Malá Strana – Vestígios de Praga’. Em um deles, Neruda faz uma espécie de ‘O cortiço’ da República Tcheca.

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Henryk Sienkiewicz é um polonês, vencedor do Nobel de Literatura, famoso por Quo vadis, um romance que se passa nos tempos de Nero. Mas ele tem mais a oferecer, como a bela novela Bartek, o conquistador. Um ingênuo campônio polonês se vê convocado para a Guerra Franco-Prussiana, em 1870. A inocência de Bartek para entender a razão da guerra evidencia a falta de lógica por trás de todo conflito bélico. Mas não se passa impunemente por uma guerra e Bartek se desumaniza. Torna-se herói, volta à Polônia achando que teria algum respeito, mas é oprimido pelos seus aliados alemães e, no fim das contas, não tem mais coragem de ser polonês. A história está em O faroleiro e outros contos.

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Varlam Chalámov foi um russo condenado a trabalhos forçados na Sibéria. Ora, nesses campos de concentração, um ser humano deixa de ser humano. Os sentidos ficam embotados, mata-se a troco de nada, ou a troco de um pedaço de pão ou de um tabaco vulgar. Passa-se muita fome e um dos relatos mais chocantes feitos por Chalámov a esse respeito é o dos prisioneiros que abriram uma sepultura e pegaram as roupas do morto para revendê-las e conseguir alguns trocos para satisfazer as suas necessidades mais imediatas. Em outro conto, mata-se um cachorro para matar a fome. São histórias cruas e cruéis que aparecem no livro Contos de Kolimá.

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Alphonse Daudet é um parente espiritual de Rubem Braga. Em Cartas do meu moinho, ele compartilha da mesma visão melancólica sobre a vida e uma relação profunda com a natureza. Seus continhos são muito bonitos. O livro possui uma unidade muito interessante: o autor faz de conta que comprou um moinho na Provença, no interior da França, e se põe a contar historietas daquela gente simples. São textos muito sensíveis e humanos.

Tags: Alphonse DaudetCrônicaHenryk SienkieviczJan NerudaKarel ČapekLiteraturavarlam chalamov

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