• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Literatura

A mulher pós-moderna de Livia Garcia-Roza

porAlejandro Mercado
10 de abril de 2017
em Literatura
A A
Livia Garcia-Roza tem Meus Queridos Estranhos relançado pela Companhia das Letras

Livia Garcia-Roza é relançada pela Companhia das Letras. Foto: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Vinte anos depois de sua estreia, Meus Queridos Estranhos retornou em nova edição, desta vez lançada pela Companhia das Letras. As obras da escritora carioca Livia Garcia-Roza carregam diferenças entre si, mas um ponto sempre em comum: o conflito. Difícil não enxergar em sua formação como psicóloga e nos anos dedicados à psicanálise a influência que permeia sua prosa.

Meus Queridos Estranhos acompanha a história de uma protagonista que nunca é nomeada, um jogo interessante proposto por Livia Garcia-Roza, que torna a obra identificável por qualquer mulher que leia o livro. Ela, a personagem, é uma musicista que é deixada por Manoel após anos de casamento. Sem muitas explicações, ela passa a viver uma série de dúvidas sobre como será sua vida dali para a frente. Concomitantemente, a personagem enfrenta uma série de embates com a filha adolescente, que se agravam após a repentina morte de seu ex-marido e a possibilidade de que ela viva um novo amor.

Narrado em primeira pessoa, Meus Queridos Estranhos é orquestrado a partir de cenas do cotidiano e de reflexões da narradora-personagem, transitando entre o passado e o presente, convocando o leitor a tornar-se cúmplice dela, seja por suas indagações, seja por seus conflitos.

Ela é uma mulher que vive (como a maioria das mulheres pós-modernas) entre a vida profissional e a dedicação à família, mas que carrega consigo uma infinidade de incertezas e inseguranças. Essas características perpassam a morte de Manoel e atingem os momentos seguintes de sua vida, interferindo em suas relações. A dificuldade da personagem em seguir adiante e esquecer Manoel toma conta de sua rotina e, consequentemente, da narrativa.

Meus Queridos Estranhos acompanha a história de uma protagonista que nunca é nomeada, um jogo interessante proposto por Livia Garcia-Roza, que torna a obra identificável por qualquer mulher que leia o livro.

Isto gera certo incômodo ao longo da leitura, já que sua relação com Xavier, o novo romance, é repleta de momentos pouco críveis. Em alguns trechos, fica a impressão de que se trata mais de um ritual de luto constante do que uma relação saudável entre dois adultos. Algo semelhante ocorre em sua relação com a filha. Parece haver uma certa desconexão entre Mariana (a filha) e narradora-personagem, que possuem laços muito frágeis. Contudo, estes pontos não desvalorizam a obra.

Livia Garcia-Roza é feliz em criar uma obra em que seus conflitos são facilmente identificáveis, pois apontam a convergência de uma mulher que vive, ao mesmo tempo, sua independência e a prisão aos padrões de uma sociedade machista e opressora. Ainda que, por vezes, a personagem soe exageradamente passiva e permissiva, é indiscutível que ela é reflexo do ambiente em que foi criada, tornando Meus Queridos Estranhos uma espécie de autocrítica e desabafo.

MEUS QUERIDOS ESTRANHOS | Livia Garcia-Roza

Editora: Companhia das Letras;
Tamanho: 152 páginas;
Lançamento: Fevereiro, 2017.

[button color=”red” size=”small” link=”https://amzn.to/2JOfS3w” icon=”” target=”true” nofollow=”false”]Amazon[/button]

[button color=”red” size=”small” link=”https://click.linksynergy.com/deeplink?id=xZWCX/lDoQg&mid=40684&murl=https%3A%2F%2Fwww.livrariacultura.com.br%2Fp%2Flivros%2Fliteratura-nacional%2Fromances%2Fmeus-queridos-estranhos-46460439″ icon=”” target=”true” nofollow=”false”]Livraria Cultura[/button]

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: Companhia das LetrasCrítica LiteráriaLiteraturaLiteratura BrasileiraLivia Garcia-RozaMeus Queridos Estranhos

VEJA TAMBÉM

Chico Buarque usa suas memórias para construir obra. Imagem: Fe Pinheiro / Divulgação.
Literatura

‘Bambino a Roma’: entre memória e ficção, o menino de Roma

29 de maio de 2025
Nascido em Fortaleza, o escritor Pedro Jucá vive em Curitiba. Imagem: Reprodução.
Literatura

‘Amanhã Tardará’ emociona ao narrar o confronto de um homem com seu passado

28 de maio de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

Calçadão de Copacabana. Imagem: Sebastião Marinho / Agência O Globo / Reprodução.

Rastros de tempo e mar

30 de maio de 2025
Banda carioca completou um ano de atividade recentemente. Imagem: Divulgação.

Partido da Classe Perigosa: um grupo essencialmente contra-hegemônico

29 de maio de 2025
Chico Buarque usa suas memórias para construir obra. Imagem: Fe Pinheiro / Divulgação.

‘Bambino a Roma’: entre memória e ficção, o menino de Roma

29 de maio de 2025
Rob Lowe e Andrew McCarthy, membros do "Brat Pack". Imagem: ABC Studios / Divulgação.

‘Brats’ é uma deliciosa homenagem aos filmes adolescentes dos anos 1980

29 de maio de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.