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Home Literatura Ponto e Vírgula

Primeiras viagens com Machado: ‘Memórias póstumas de Brás Cubas’

Romance de maturidade estilística de Machado de Assis, ‘Memórias póstumas de Brás Cubas’ é marcado pelo cinismo, reflexão na forma e ambiguidade moral.

Arthur Marchetto por Arthur Marchetto
8 de novembro de 2018
em Ponto e Vírgula
A A
Primeiras viagens com Machado: ‘Memórias póstumas de Brás Cubas’

Imagem: Reprodução.

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Ao longo desse ano, coloquei algumas metas com o objetivo de sanar buracos e problemas que encontrei nas minhas discussões e reflexões sobre literatura. Um deles era o fato de não ter lido nenhum romance completo de Machado de Assis. Para resolver esse problema, montei um plano de leitura mensal que comportasse os três livros da “Trilogia Realista”, que marcam a maturidade do autor e são: Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891) e Dom Casmurro (1899). Além disso, meu planejamento inclui também a biografia de Silviano Santiago, Machado (2016), ganhador do 59º prêmio Jabuti.

Para aquecer, li a coletânea de contos “Sobre a imortalidade de Rui de Leão”, lançada pela Plutão Livros nesse ano – que fala um pouco do papel de Machado na criação da ficção científica brasileira. Depois disso, comecei a leitura do projeto respeitando a ordem cronológica dos lançamentos: em primeiro lugar, Memórias póstumas de Brás Cubas. Aos que não conhecem, a premissa do livro é simples: Brás Cubas narra sua vida pregressa e, dessa narrativa em primeira pessoa, emerge um retrato da vida abastada no Rio de Janeiro do século XIX.

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Dessa representação da rotina burguesa, sem grandes sobressaltos dramáticos, surge a possibilidade de desenvolvimento estilístico de Machado – e é onde ele aproveita para mostrar o amadurecimento seu estilo, humor e desenvolvimento romanesco que, até então, estava no mesmo nível que o dos convencionais “homens de letras” de sua época, conforme afirma Abel Barros Baptista no prefácio do livro.

Segundo o crítico, Machado surpreende “pela extravagância romanesca, pela novidade dos procedimentos de composição, pela interpelação desabusada do leitor, pelo cinismo faceto do autor, pela mediocridade do herói. E claro, surpreende, em particular pelo autor defunto”.

Além dessa composição, Machado também faz surgir um movimento de sincretismo da literatura com tratados filosóficos, representado pelo Humanitismo de Quincas Borba, uma espécie de lei do mais forte às avessas. A estrutura do romance, com capítulos curtos e numerosos (e que, na ideia original, onde cada capítulo começava em uma página nova) destaca a preocupação de Machado – e do próprio Brás Cubas – com a forma do narrar, reforçada pelas diversas vezes em que as digressões do narrador refletem sobre a composição (e a inovação da mesma).

‘O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?’

Particularmente, o tom do cinismo e a presença dos diálogos com o narrador marcaram a leitura tanto quanto a força do texto saltou aos olhos com as frases impactantes. Muitas delas foram intensas o bastante para saltar das páginas e ficarem conhecidas no cotidiano. A epígrafe é um caso conhecido: “Ao verme que primeiro roeu as frias / carnes do meu cadáver dedico como saudosa / lembrança estas memórias póstumas”; e também a última linha do romance: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.

A ambiguidade moral do texto também é algo que chama bastante a atenção. No prefácio da obra, Abel comenta sobre as perguntas que já foram feitas acerca do texto e seu narrador: “A quem atribuir a ‘moralidade’, a Brás Cubas ou ao próprio Machado? E por que ao próprio Machado, se este finge que nada diz? Temos liberdade de ignorar essa ficção, que define a forma do romance? E se a figura de Brás Cubas fosse, não máscara ou alter ego faceto, mas exemplo, ilustração de um modo de pensar e de viver – e justamente para o condenar, expondo-o pelo ridículo ou pelo grotesco?”

Ao longo os anos, a resolução da pergunta acabou sendo guiada pela segunda opção – uma crítica ao modo de vida perpetrado por Brás Cubas. No entanto, “o mais conhecido representante desta linha de interpretação, Roberto Schwarz, acabou obrigado a reconhecer que, entre crítica feroz e apologia, a semelhança confunde”, afirma Abel.

Tal posicionamento é alimentado pelo momento em que vivemos, marcado pelos extremos. Com Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado parece ter ocupado o espaço do paradoxal e do contraditório. Serve de exemplo para essa leitura a trajetória de Tchekhov, exposta no texto sobre o conto “Os Mujiques”, em que dissequei a ambiguidade do escritor como um posicionamento político em uma sociedade extremada onde artistas, como Tolstói, adotavam posições ferrenhas para defender suas crenças para o desenvolvimento da Rússia.

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS | Machado de Assis

Editora: Penguin;
Tamanho: 368 págs.;
Lançamento: Setembro, 2014 (atual edição).

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Tags: Abel Barros Baptistabook reviewclássicos da literaturacrítica literárialiteraturaliteratura brasileiraMachado de AssisMemórias Póstumas de Brás CubasPenguinresenharesenha de livrosreview
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