• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Música

Os Agoristas colocam a utopia em transe

porAlejandro Mercado
9 de maio de 2017
em Música
A A
Ilustração da capa de Oculto, disco dos Agoristas

Ilustração: Angelita Oliveira.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Geralmente, dizer que explicar algo incidiria em rudizi-lo soa como um truque, a falta de condições de concatenar ideias de forma minimamente lógica para descrever um fenômeno a outra pessoa. Admito, um tanto envergonhado, que precisarei fazer uso de tal recurso, tentando explicar ao leitor que, de fato, qualquer tentativa de explicar em uma única frase o que os goianos dos Agoristas fizeram em Oculto, álbum lançado em 2016, fruto da união de músicos em encontros espontâneos no estúdio Laba.Rec, na cidade de Aparecida de Goiânia, é reduzir uma obra complexa, única e plural.

[box type=”note” align=”alignright” class=”” width=”350px”]

Leia também
» Cosmo Drah cria canções que eles queriam ouvir – e nós também
» Luneta Mágica mistura referências na busca de um norte

[/box]

Os Agoristas propõem, talvez de forma indireta, uma antropofagia moderna, diferente do que alguns músicos e grupos têm feito no restante do país. A partir de referências indígenas, o grupo de quatorze músicos e não músicos caminha por ritmos brasileiros fazendo uma psicodelia de raízes muito nossas, anteriores a qualquer proposta de musicalidade nacional.

Cercado por um misticismo que vai além de uma estética vazia – infelizmente, recorrente na música tupiniquim -, os músicos brincam com o conceito de liberdade e amor, tornando Oculto um ritual que só fica completo no mergulho do ouvinte neste transe sonoro, imagético e semiótico.

Cercado por um misticismo que vai além de uma estética vazia, os músicos brincam com o conceito de liberdade e amor, tornando Oculto um ritual que só fica completo no mergulho do ouvinte neste transe sonoro, imagético e semiótico.

A linha entre o experimentalismo, a música hermética e a “pira musical” costuma ser muito tênue, o que, não raras vezes, causa desinteresse, tamanha a prepotência dos artistas – como se nos dissessem haver apenas alguns poucos escolhidos capazes de significar aqueles riffs e acordes. O que torna, então, o trabalho feito pelos Agoristas digerível?

Em primeiro lugar, o cuidado de estabelecer uma narrativa lógica e consistente; em segundo lugar, revisitar de onde viemos entre a homenagem e o tributo, sem a pretensão de estar em um pedestal de moralidade perante o ouvinte; e em terceiro lugar, não tentar reproduzir qualquer experiência de nossa história musical “sob outro viés”.

A proposta deste grupo de artistas (uma forma de se referir a eles de maneira abrangente e justa) também resgata a genialidade de Oswald de Andrade e dos modernistas. Se apenas a antropofagia seria capaz de nos unir socialmente, economicamente e filosoficamente, Danilo Xidan, Angelita, Wolder Leão, Fred Valle, Carlos Foca, Edilson Morais, Renato Cunha, Edu Manzano, Rafael Lenza, Marcus Augustus I, Ana Flávia Keertana, Renata Nantes, Alex Mac’Arthur e Pedro Laba mostram que a lei do antropófago (“só me interessa o que não é meu”) segue viva.

Arrisco dizer que Oculto seja um manifesto, daqueles escondidos nas entrelinhas do inconsciente musical. Se como Oswald propunha, teremos (ou queremos) a Revolução Caraíba (a união dos indígenas através do vocábulo caraíba), resta ouvi-los e exercitar, ao menos com os tímpanos, a utopia desta eterna Pindorama.

NO RADAR | Agoristas

Onde: Goiânia, Goiás.
Quando: 2016.
Contatos: Facebook | YouTube

Ouça ‘Oculto’ na íntegra no YouTube

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: AgoristasAlex Mac'ArthurAna Flávia KeertanaAngelitabandas goianasCarlos Focacausa indígenaDanilo XidanEdilson MoraisEdu ManzanoFred ValleMarcus Augustus IModernismomovimento antropofágicoMPBMúsica Brasileiramúsica indígenaOswald de AndradepsicodeliaRafael LenzaRenata NantesRenato CunhaWolder Leão

VEJA TAMBÉM

Stephen Sanchez traz seu som nostálgico ao C6 Fest. Imagem: Divulgação.
Música

C6 Fest – Desvendando o lineup: Stephen Sanchez

15 de maio de 2025
Aos 24 anos, Cat Burns vem ao Brasil pela primeira vez. Imagem: Divulgação.
Música

C6 Fest – Desvendando o lineup: Cat Burns

14 de maio de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

A artista visual Mariana Valente. Imagem: Reprodução.

Mariana Valente: “Clarice Lispector escrevia como quem cria um rasgo na linguagem”

16 de maio de 2025
Stephen Sanchez traz seu som nostálgico ao C6 Fest. Imagem: Divulgação.

C6 Fest – Desvendando o lineup: Stephen Sanchez

15 de maio de 2025
Claudio Cataño dá vida ao Coronel Aureliano Buendía na adaptação de 'Cem Anos de Solidão'. Imagem: Netflix / Divulgação.

‘Cem Anos de Solidão’ transforma o tempo em linguagem

15 de maio de 2025
Aos 24 anos, Cat Burns vem ao Brasil pela primeira vez. Imagem: Divulgação.

C6 Fest – Desvendando o lineup: Cat Burns

14 de maio de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.