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‘Autômatos: Self da Inexistência’: a fugacidade das relações

porLeticia Queiroz
7 de maio de 2018
em Teatro
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A Cia Laica abriu a temporada de apresentações da peça Autômatos: Self da Inexistência, no teatro Novelas Curitibanas, na última quinta-feira (3). A peça fica em cartaz até o próximo dia 13 de maio, de quinta a domingo.

O espetáculo, que tem mais de uma hora de duração, reuniu inúmeras composições cênicas. Além do aparato da iluminação, direção e muita música, os sete atores presentes em cena contaram histórias que revelam a instantaneidade das relações humanas.

A Cia Laica começou em 2015 com o intuito de ser uma companhia que investisse no teatro, a partir de técnicas da arte de animação. O grupo possui artistas de diferentes áreas, prevalecendo uma equipe mista de diferentes linguagens artísticas. O primeiro espetáculo montado e encenado pela Cia Laica, intitulado Vozes de Abrigo, já recebeu 5 indicações ao prêmio Troféu Gralha Azul, nas categorias de Melhor Espetáculo, Roteiro Original, Direção. Maquiagem e Ator Revelação.

A peça Autômatos: Self da Inexistência fala sobre a fugacidade das relações na atualidade, demonstrando que o convívio e as afinidades tem apresentando um caráter de efemeridade, por conta de diversos fatores. A questão da própria tecnologia e massificação das redes sociais também aparece de forma expressiva ao longo do espetáculo. A ideia do “Curta, Divulgue e Compartilhe” tem voz de manifesto nas falas dos sete atores, que, em determinado momento, repetiam a frase de forma contínua.

A peça Autômatos: Self da Inexistência fala sobre a fugacidade das relações na atualidade, demonstrando que o convívio e as afinidades tem apresentando um caráter de efemeridade, por conta de diversos fatores.

Desde o início da peça, o público já pode notar algumas peculiaridades na história que ia ser contada. Indo contra os costumes tradicionais de proibição dentro dos teatros na hora do espetáculo, a companhia deu início ao primeiro ato já deixando claro que o público poderia deixar os celulares ligados e até acessar as suas respectivas redes sociais, bem como mandar e-mail e fazer ligações.

O texto do espetáculo é assinado pelo diretor Fábio Medeiros, que relatou que a ideia e construção da peça partiram de três obras principais, de modo que contribuíram para o desenvolvimento temático e teatral da peça. O livro Vida Líquida, de Zygmunt Bauman, teve um destaque maior, e representou a fonte primordial de estudo e reflexão do grupo, além dos contos “O Homem de Areia” e “Autômatos”, de Ernst Theodor Amadeus Hoffmann.

“O texto e a adaptação são minhas, mas tem muitas referências externas, como as obras do Bauman e Hoffman. O nosso desafio no espetáculo é fazer teatro com grupo grande, porque manter grupo grande tem sido difícil nessas diretrizes de políticas públicas atuais”, contou Fábio.

Segundo o diretor, o processo de construção do espetáculo começou em maio do ano passado, e a primeira estreia aconteceu na 27º edição do Festival de Curitiba, neste ano, na qual fizeram três apresentações de Autômatos: Self da Inexistência. Para ele, a peça revela e atenta sobre os novos formatos de relações e a automatização que essas relações sofrem por conta do tempo.

“Eu digo que esse espetáculo é sobre as novas relações humanas, a célula principal, na minha opinião, é sobre o fato de olhar, o texto diz isso duas vezes na cena: ‘Olhe. Não olhe. Nós não vamos mais olhar para vocês!’, então a peça toda remete a essa nova configuração que está se dando nas relações humanas, que são relações muito fugazes e rápidas, efêmeras”.

O ator Jean Cequinel relatou que nos encontros e ensaios a equipe trabalhou com a técnica de campo de visão, prática teatral que funciona como um jogo de improviso. “Trabalhamos nessa técnica e já trouxemos isso tudo para o texto. Ao mesmo tempo, o Fábio foi criando o texto e levando as cenas para os ensaios. O legal de trabalhar com o campo de visão é que ele é improviso. Então, nem um espetáculo é igual ao outro. Teve até uma pessoa do público que comentou comigo que tinha gostado bastante de uma coreografia. É mesmo uma coreografia, mas em nenhum momento ela foi necessariamente ensaiada”.

Jade Giaxa, atriz e que também integra o elenco, relatou que uma das características principais do espetáculo foi o processo de desenvolvimento da construção narrativa. “Uma das maiores peculiaridades que temos dentro desse espetáculo é que o texto foi construído com a cena, então a encenação aconteceu no decorrer e desenvolvimento do espetáculo, em conjunto também com a construção do texto. Tudo isso é muito diferente para nós, porque costumamos a pegar o texto sempre pronto”.

Já Flávio Carvalho, que assistiu a montagem da peça pela primeira vez, contou que gostou do espetáculo, apesar de entender que o desenvolvimento e progresso é essencial para corrigir erros. “A peça tem muito potencial, mas imagino que na hora do musical, por exemplo, precisa aprender a cantar um pouco mais, acho que falta trabalhar um pouco de ritmo também”, concluiu.

De acordo com o diretor geral do espetáculo, a dramaturgia não tem pretensão de se enquadrar em nenhum gênero específico. A montagem da peça é uma proposta de teatro experimental da companhia, que busca em suas produções experimentar e aliar linguagem e teatro de animação.

[box type=”shadow” align=”” class=”” width=””]SERVIÇO | Autômatos: Self da Inexistência

Quem: Cia Laica;
Onde: Teatro Novelas Curitibanas | R. Pres. Carlos Cavalcanti, 1222 – São Francisco;
Quando: de 3 a 13 de maio, de quinta a domingo, às 20h;
Quanto: ingressos no sistema “pague o quanto quiser”;
Faixa etária indicada: 16 anos;
Duração: 80min.[/box]

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Tags: Artes CênicasautômatosAutômatos: Self da InexistênciaErnst Theodor Amadeus HoffmannNovelas CuritibanasO Homem de AreiaTeatroVida LíquidaZygmunt Bauman

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