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Crítica: ‘O Bem Amado Musical’ leva a inteligência de Dias Gomes para novos públicos – Festival de Curitiba

Com trilha original de Zeca Baleiro e Newton Moreno, montagem de 'O Bem Amado' trouxe Cassio Scapin como o lendário Odorico Paraguaçu.

porMaura Martins
6 de abril de 2023
em Teatro
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A chave para a comoção causada pelo espetáculo O Bem Amado Musical talvez esteja em seus momentos finais. Ao encerramento da peça, o protagonista, o experiente ator Cassio Scapin, direcionou-se à plateia e esclareceu: esta não é uma adaptação e o texto integral de Dias Gomes, de 1962, foi respeitado e interpretado sem mudanças.

A ressalva é importante porque depõe sobre a atualidade da história bem conhecida de Odorico Paraguaçu. O coronel se candidata à prefeitura da lendária Sucupira tendo como bandeira uma única promessa: a construção de um cemitério, para que nenhum cidadão passe mais pela humilhação de morrer e ter que ser enterrado em outro município. Só que, depois de ser eleito, o político passa por um problema imprevisto: ninguém morre em Sucupira para que ele possa fazer a inauguração da obra.

O famoso texto chegou ao conhecimento do grande público em 1973, quando se tornou novela da Rede Globo, e consolidou o personagem Odorico Paraguaçu no imaginário nacional a partir da intepretação imortal de Paulo Gracindo. O desafio de Cassio, portanto, não era pequeno, mas o espetáculo dá conta de se conectar com a plateia justamente pelo que foi destacado pelo ator: trata-se de uma peça atemporal, que parece dialogar com o tempo presente.

Ou seja, conta-se aqui o causo de um político inescrupuloso que, em prol de sua suposta reputação, é capaz de tudo, como trazer moribundos para que morram na cidade, armar tramoias políticas, contratar um pistoleiro (o lendário Zeca Diabo) e até mesmo levar uma facada para passar de algoz a vítima (mais uma vez: qualquer semelhança com a realidade, por incrível que pareça, é mera coincidência).

Elenco em sintonia em uma montagem musicada

Cena de ‘O Bem Amado Musicado’. Imagem: Humberto Araujo.

A versão apresentada no Festival de Curitiba, dirigida por Ricardo Grasson, recebe uma montagem musicada por canções originais de Zeca Baleiro e Newton Moreno, que constituem uma paisagem sonora belíssima para contar a história de Odorico Paraguaçu. O que se nota é um esforço claro para que essa trilha faça circular mensagens fortes, como sobre o afastamento da religião e da política e sobre a autonomia das mulheres.

Com cenografia econômica, fica bastante evidente que a parte mais fundamental de O Bem Amado Musicado é a performance do elenco – que não deixa a desejar.

Com cenografia econômica (o principal elemento cênico é uma estrutura que lembra o centro de uma praça), fica bastante evidente que a parte mais fundamental de O Bem Amado Musicado é a performance do elenco – que não deixa a desejar.

Além da potência de Cassio Scapin, que se agiganta no vasto palco do Guairão, vale dizer que os demais atores e atrizes estão perfeitamente alinhados com seus papéis. As irmãs Cajazeiras são defendidas lindamente por Rebeca Jamir, Luciana Ramanzini e Kátia Daher, que dão um show.

Mas há também dois personagens que não deixam nada a desejar para suas interpretações “originais” na novela da Globo. Eduardo Semerjian consegue trazer ao palco toda a faceta cômica do icônico Dirceu Borboleta, o abobalhado braço direito do prefeito, e Marco França (que é também responsável pela direção musical do espetáculo) cria um perfeito Zeca Diabo constituído a partir de uma verve física de humor.

As quase duas horas de espetáculo trouxeram para a “municipalidade” a certeza de que Dias Gomes continua extremamente atual e precisa ser trazido a novos públicos sempre que possível.

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Tags: Cássio Scapincrítica teatralFestival de CuritibaNewton MorenonovelaO Bem AmadoO Bem Amado MusicadoOdorico ParaguaçuresenhateatroZeca BaleiroZeca Diabo

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