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‘Outcast’ acerta com tom sombrio e roteiro sólido

porRodrigo Lorenzi
12 de julho de 2016
em Televisão
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Outcast, nova série do Cinemax/FOX1. Foto: Divulgação.

Outcast, nova série do Cinemax/FOX1. Foto: Divulgação.

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Depois dos vampiros e zumbis, a televisão parece estar de olho nos demônios. Atualmente, vemos as entidades do mal em Damien – adaptação do filme A Profecia (1978) – que fala da vida adulta do anticristo; Lucifer, que anda fazendo bastante sucesso com seu humor negro; Preacher, que ainda não empolgou, mas vem fazendo barulho e, em breve, O Exorcista, adaptação do clássico filme homônimo. Nenhuma dessas produções, entretanto, parece entregar algo inovador. Por isso, é com satisfação que Outcast, nova série do Cinemax (no Brasil exibida pelo desconhecido canal Fox1), mostra maturidade em seu roteiro e, se não apresenta originalidade, ao menos consegue se mover no terreno do clichê de forma muito eficiente.

Criada por Robert Kirkman (a mente por trás dos quadrinhos The Walking Dead) e por Chris Black (produtor de Mad Men e Desperate Housewives), a série é baseada na HQ homônima também de Kirkam junto com Paul Azaceta. Outcast conta a história de Kyle Barnss (Patrick Fugit), um homem atormentado por demônios ao longo da vida. Aparentemente amaldiçoado, Kyle sofre principalmente porque as possessões não acontecem com ele, mas com seus familiares, sempre trazendo dor e desconforto para todos à sua volta.

Logo de cara, a série ganha a vantagem de ter uma segunda temporada já garantida, o que mostra a certeza do canal sobre o sucesso da série. Felizmente, essa certeza não é infundada. Em seus cinco primeiros episódios, Outcast sobressai como uma das produções estreantes mais interessantes do ano.

Patrick Fugit é Kyler Barnes em Outcast. Foto: Divulgação.
Patrick Fugit é Kyler Barnss em Outcast. Foto: Divulgação.

O público não vai pular do sofá de medo, mas pode ficar com receio de desligar a televisão após a exibição.

De maneira bastante eficiente, a série estabelece uma conexão com o público já em sua primeira e assustadora cena – que mostra a possessão e violência de uma criança. Mas, sabiamente, os produtores e roteiristas não apelam para o terror barato a fim de assustar a audiência com cenas clichês. Assim, somos apresentados ao protagonista com calma e a todos os outros personagens que convivem com ele. Ainda que a figura perturbada e solitária de Kyle não seja tão empolgante assim, o roteiro é inteligente o suficiente para que o personagem ganhe a simpatia do público, graças à boa atuação de Patrick Fugit, que pode parecer inexpressivo em um primeiro momento, mas que ganha nuances no decorrer dos episódios.

Com uma bela fotografia e um clima sufocante de uma cidade pequena nos Estados Unidos, a série parece conseguir tudo aquilo que Fear the Walking Dead (série derivada de The Walking Dead, também de Kirkman) não consegue. Não há muita ação durante os episódios, nem ao menos pulam demônios na frente da câmera apenas para termos um caso da semana e, mesmo assim, tudo soa bastante interessante. Não sabemos muito bem o que aconteceu durante a infância de Kyle e todos ao seu redor parecem ter um passado bastante sombrio. Os demônios propriamente ditos não são exagerados, não há cabeças girando e nem água benta queimando a pele e, mesmo assim, a série consegue assustar justamente por criar um clima bastante inseguro para o público.

E é esse clima sombrio e sufocante que faz da produção um acerto. Há uma dificuldade nas diversas séries de suspense/terror em, de fato, criar medo eu seu público. Outcast, entretanto, consegue fazer isso muito bem. De forma orgânica, a tensão é construída com calma, em acertos que vão desde a solidez do roteiro até a fotografia sempre com cores frias, mortas, em uma atmosfera claustrofóbica que consegue fisgar o público para dentro da história. Ao mesmo tempo, o terror é sutil e inteligente. O público não vai pular do sofá de medo, mas pode ficar com receio de desligar a televisão após a exibição.

Cena do episódio piloto de Outcast. Foto: Divulgação.
Cena do episódio piloto de Outcast. Foto: Divulgação.

A série também acerta ao diversificar os demônios e plantar a dúvida na cabeça do público e dos personagens. Nem todos os possuídos agem da mesma maneira. Enquanto alguns se afetam com o exorcismo clássico já vistos em tantos filmes (e que ainda funciona na hora do medo), outros não se abalam, dando a entender que, para alguns, a possessão pode ser definitiva. Certos personagens que aparentemente já foram exorcizados apresentem um comportamento estranho. Não há nenhuma segurança ou garantia de que, no fim, tudo acabará bem. Dessa forma, os roteiristas parecem não ter muita pena do público e nem dos personagens.

Tudo isso faz de Outcast uma série bastante promissora ao deixar seu público inquieto, confuso, sem saber para onde o roteiro vai andar. Se continuar trilhando um bom caminho, Outcast poderá se orgulhar de ser uma das poucas séries a fazer a audiência se assustar sem precisar de cenas fáceis e personagens rasos.

Assista ao trailer de “Outcast”

https://www.youtube.com/watch?v=Z0Xuft1fTXY

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Tags: Crítica de SérieFoxFOX1Kyle BarnssOutcastPatrick FugitSeriadosSériesérie OutcastThe Walking Dead

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