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‘Andy Warhol – Um Sonho Americano’ desvenda a origem da genialidade do famoso artista

Documentário do eslovaco Ľubomír Slivka, 'Andy Warhol - Um Sonho Americano' reflete sobre como a herança cultural familiar influenciou o artista a criar sua obra marcante e crítica dos Estados Unidos.

porMaura Martins
25 de junho de 2025
em Cinema
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Imagem de Andy Warhol diante de suas serigrafias. Imagem: Autoral Filmes / Divulgação.

Imagem de Andy Warhol diante de suas serigrafias. Imagem: Autoral Filmes / Divulgação.

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Sem sombra de dúvida, Andy Warhol inscreveu seu nome entre os grandes artistas da contemporaneidade. Mas quase quarenta anos de sua morte (ele faleceu em 1987, aos 58 anos), ainda é necessário investigar o enigma: o que de tão genial realizava esse artista que brincava e subvertia os sentidos de imagens icônicas? E de que forma ele refletiu – talvez como ninguém antes nem depois dele – com sarcasmo elegante, mas contundente, o espírito dos Estados Unidos?

De alguma forma, estas são as questões respondidas em Andy Warhol – O Sonho Americano, uma inspirada produção do diretor eslovaco Ľubomír Slivka. Ele parte justamente das origens de Warhol, cujo nome original (Andrij) já sugere: tudo o que este filho de imigrantes rutenos, oriundos da vila Miková, localizada no leste da atual Eslováquia, trouxe para a sua obra provinha de suas heranças culturais.

Isso envolve, por exemplo, a influência da iconografia cristã rutena, com muitas repetições de imagens, o que teria inspirado Andy Warhol (o sobrenome real da família é Warhola) a criar as suas serigrafias redundantes, em que gravava centenas de vezes os rostos e os corpos de celebridades americanas, como Marilyn Monroe, Elvis Presley e Elizabeth Taylor.

A riqueza desse documentário está na raridade dos depoimentos que traz. Slivka vai até a Eslováquia para conversar com primos e parentes de Warhol, decifrando, aos poucos, como a sua família influenciou profundamente em sua visão de mundo e na sua apropriação crítica da estética americana. Por consequência, ele entregou obras aparentemente mundanas, que foram se tornando cada vez mais contundentes à medida em que o tempo foi passando.

‘Andy Warhol – O Sonho Americano’: a gênese de uma mente extraordinária

É justo dizer que Warhol normalmente é lembrado por conta dos impactos provocados pelas suas obras e pela sua conexão intrínseca com o universo emergentes das grandes celebridades americanas – contexto que a sua Pop Art capturaria melhor do que qualquer coisa feita antes dela. A lembrança de suas principais iniciativas (como a revista Interview e a icônica Silver Factory, local que se tornou um grande ponto de encontro e expressão de artistas e famosos) acaba por apagar a própria personalidade de Andy.

O que Warhol sabia bem é que suas criações, de alguma maneira, previam o futuro.

Isso se devia, vale dizer, por interesse do próprio artista, que muitas vezes preferiu falar pouco e se manifestar apenas por aforismos e pelas suas obras. Andy Warhol – O Sonho Americano propõe um olhar inédito à pessoa por trás da celebridade, o que vem à tona por meio das revelações de amigos e sobrinhos que conviveram com Andy.

São eles que nos contam, por exemplo, que a tensão entre vida e morte – presente o tempo todo em sua obra – refletia a própria dificuldade que Warhol tinha em lidar com seus lutos. Ao perder o pai, quando era criança, ele se escondeu embaixo da cama para não ter que cruzar com seu caixão; isso o levaria a ficar muito apegado na mãe, Julia Warhola, com quem morou a vida toda, e cuja perda, décadas depois, também foi um duro golpe.

Andy com sua mãe, Julia Warhola. Imagem: Reprodução.

Conhecer as origens humildes da família Warhola (ao vir para os Estados Unidos, os pais sonhavam em achar um emprego de baixa complexidade, e seu progenitor, Ondrej Warhola, acabou trabalhando como metalúrgico e morrendo aos 53 anos) traz uma dimensão interessante de como seu contexto de classe aparece na obra que ele criou.

Nas suas próprias palavras, o chamado espírito americano poderia ser resumido em uma palavra-chave: consumo. Em uma das tantas frases memoráveis de Warhol destacadas no documentário de Slivka, está aquela em que diz que, nos Estados Unidos, rico e pobre se equivalem pois consomem a mesma coisa, a Coca-Cola, que nunca muda.

O que Warhol sabia bem, conforme o filme vai mostrando, é que suas criações, de alguma maneira, previam o futuro: a de que, muito em breve, a fama se tornaria um valor corrente e seria acessível a todos – daí surge a sua conhecida frase sobre os 15 minutos. Mas o que Andy Warhol – O Sonho Americano esclarece é como ele concretizava a sua ideia: a partir do uso de câmeras que, estando onipresentes no cotidiano, acabariam por revelar o sujeito por trás da performance.

É isso que entendemos, por exemplo, quando os entrevistados falam sobre como Warhol gostava de deixar câmeras paradas na frente dos seus personagens. É o que acontece, como vemos no documentário, nos segundos desconfortáveis que Bob Dylan passa diante da sua câmera, por fim deixando escapar um pouco de si para além do seu controle.

Ao trazer esses relances da perspicácia deste artista, Andy Warhol – O Sonho Americano por fim nos revela o quanto tudo isso foi possível por causa das bases familiares de Andy, que o protegeu e acolheu a sua veia artística. E que é a eles, e à influência cultural do seu processo migratório, a quem devemos a gênese de um dos grandes artistas do seu século.

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Tags: Andy WarholAndy Warhol – O Sonho AmericanoCinemaLubomir Slivka

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