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‘Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu!’ continua hilário 42 anos depois

Clássico da comédia besteirol, 'Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu!' faz uma paródia com os filmes de tragédia populares nos anos 1970.

porMaura Martins
29 de novembro de 2022
em Cinema
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'Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu!' continua hilário 42 anos depois

Filme se tornou ícone do humor. Imagem: Escotilha.

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Entre as funções que as plataformas de streaming cumprem bem, está a de resgatar pequenos clássicos do passado que, se não entram na lista dos melhores filmes de todos os tempos, têm um lugar cativo na memória afetiva de muita gente. E minha mente (e meu coração) guarda espaço para as tantas comédias dos anos 1970 e 1980 que eram repetidas sem fim na Sessão da Tarde quando havia espaço para isso.

E um deles é esta pequena obra-prima do besteirol chamada Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu!, dirigida em 1980 por David Zucker e Jim Abrahams (dupla que esteve à frente de outros clássicos como Corra que a Polícia Vem Aí). Em suma, o filme é uma grande bobagem ingênua que consegue, ainda hoje, arrancar boas risadas do desavisado que se sentar na frente dele.

Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu!, na verdade, é um filme-paródia, uma onda que começava a se levantar na década de 1980 (basta lembrar, por exemplo, do sucesso de Top Gang!, que Jim Abrahams dirigiu em 1991 e tirava sarro de Top Gun). Mas na obra do “Avião” (que seria a tradução literal do título do filme), há uma subversão do gênero de filme de catástrofe que vicejava na década anterior, em que os espectadores se desesperavam ao se sentirem como se estivessem dentro de uma tragédia. Mas convenhamos: a versão cômica dessas histórias era certamente bem melhor.

‘Apertem os Cintos’: um possível fio de história

‘Apertem os Cintos’: um possível fio de história
O icônico Otto ao lado de Julie Hagerty e Robert Hays. Imagem: Paramount Pictures/Divulgação.

De fato, não há bem uma história em Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu! Ou, pelo menos, ela não é tão importante assim. Mas vejamos: a trama central gira em torno de um homem chamado Ted (Robert Hays), que é ex-piloto da Força Aérea americana. Ele está perdendo a namorada, a comissária de bordo Elaine (Julie Hagerty), por conta de seus vários traumas de guerra.

No começo do filme, ele trabalha como taxista, e corre atrás da amada antes que ela parta em um novo voo. Acaba então embarcando meio por acaso no avião em que ela está. Quando uma comida estragada (a culpa é do peixe) faz com que o piloto passe mal e desmaie, ele tem que assumir a aeronave para que o pior não aconteça.

Ted está traumatizado e tem medo de aviões. Mas comandará o veículo com o auxílio do icônico piloto automático, um boneco inflável chamado Otto (que recentemente viralizou por meio de uma comparação com a postura do presidente Bolsonaro em seus últimos dois meses de governo).

Além das piadas que parecem não ter fim, o filme também é um prato cheio para os tantos cinéfilos que irão se sentir compensados ao captar as várias referências.

É apenas isso. Mas, claro, a graça está nas piadas infames que vão acontecendo em alta velocidade. Elas explodem desde o início, com Ted sendo abordado por religiosos estilo Hare Krishna no aeroporto e dando um tabefe neles por acaso, ou com uma dupla de passageiros negros que falam uma espécie de idioma próprio (e com uma velhinha que hilariamente consegue conversar com eles).

Outro destaque está na presença do jogador de basquete Kareem Abdul-Jabar no elenco, protagonizando uma cena bastante engraçada. Kareem vive o copiloto do avião, chamado Roger Murdock, enquanto o piloto se chama Clarence Oveur. Acompanhamos então um diálogo completamente nonsense em que eles se comunicam com a torre de comando em terra e fazem uma grande confusão com a palavra roger (que corresponde ao nosso “câmbio”) e over (que encerra a comunicação).

Mas, para mim, o momento mais embaraçosamente engraçado de Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu! é quando vemos num flashback como Ted e Elaine se conheceram.  A cena se passa em um bar exótico em algum país obscuro, a la Casablanca, e o piloto vê uma mulher linda no bar dançando com os presentes. Quando o corpo de alguém é arremessado na jukebox, começa a tocar “Staying Alive”, dos Bee Gees, e o amor começa a circular.

Uma homenagem ao cinema

Uma homenagem ao cinema
Jonathan Banks faz uma ponta em ‘Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu!’. Imagem: Paramount Pictures/Divulgação.

Além das piadas que parecem não ter fim, o filme também é um prato cheio para os tantos cinéfilos que irão se sentir compensados ao captar as várias referências. Já na abertura do filme, há um avião em meio a nuvens que homenageia Tubarão, de 1975.

Mas há muito mais a se pescar, como uma cena de amor entre Ted e Elaine que remete o casal ao clássico A Um Passo da Eternidade, de 1953, além de outras pequenas brincadeiras com filmes como Os Embalos de Sábado à Noite, de 1977.

Para completar, Apertem os Cintos põe em cenas dois gênios inegáveis do humor besteirol: os lendários Leslie Nielsen e Lloyd Bridges (pai do ator Jeff Bridges, que fez uma contribuição inestimável à comédia com o seu O Grande Lebowski). Uma curiosidade: o ator Jonathan Banks (que se tornaria muito famoso recentemente em Breaking Bad e Better Call Saul faz uma ponta no longa).

Recentemente, reassisti ao filme Debi & Loide, que vi no cinema em 1994 e ficou na minha lembrança como o mais engraçado de todos os tempos. A experiência foi uma grande decepção: não só o filme se tornou extremamente condenável por conta de suas piadas ofensivas (que já chamavam a atenção na época) mas, pior, ficou totalmente sem graça.

Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu!, por outro lado, permanece extremamente jovem 42 anos depois com seu humor pueril. Vale a pena conferir, já que o filme está disponível na Amazon Prime.

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Tags: Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu!CinemacomédiaCrítica CinematográficaDavid ZuckerJim AbrahamsLeslie NielsenLloyd BridgesMovie ReviewResenha

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