• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Cinema

‘Ad Astra – Rumo às Estrelas’ é uma notável jornada introspectiva

Novo filme do cineasta James Gray, 'Ad Astra' traz um grande desempenho de Brad Pitt, no papel de um astronauta em confronto com o fantasma do pai.

porPaulo Camargo
17 de outubro de 2019
em Cinema
A A
Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no Facebook

A narrativa da ficção científica Ad Astra – Rumo às Estrelas, mais recente filme do cineasta norte-americano James Gray, atualmente em cartaz nos cinemas, vai na contramão da velocidade da maior parte das produções hollywoodianas atuais. É lento, contemplativo, pautado pelo silêncio, traço fundamental de seu protagonista, Roy McBride (Brad Pitt, brilhante), um astronauta muito competente e corajoso, mas, também, profundamente melancólico.

Apesar de ser uma superprodução, que conta com o brasileiro Rodrigo Teixeira entre seus produtores, Ad Astra não é um filme grandiloquente, pirotécnico. Pelo contrário: embora sua narrativa se expanda pelo espaço afora, a jornada que mais interessa ao filme é interna, existencial.

McBride, reconhecido por sua destreza e bravura, é escolhido para o que será seu maior desafio não (apenas) por suas habilidades. Chamado para resgatar uma espaçonave que se perdeu há anos nas proximidades de Saturno, e está emitindo descontroladamente uma energia que prejudica não só a Terra, mas todo o Sistema Solar, sua escalação tem menos a ver com sua destreza como piloto do que com sua origem familiar. Quem estaria na nave perdida há anos é seu pai, H. Clifford McBride (Tommy Lee Jones), dado como morto e considerado um herói nacional.

Mais uma vez Gray (de Era uma Vez em Nova York), um dos mais interessantes cineastas em atividade hoje no mundo, investiga o outro lado do sonho americano, a partir de um personagem à deriva, fora de lugar.

Roy tinha apenas 16 anos quando o pai desapareceu e a dor de sua perda não foi jamais superada. Guarda de Clifford uma imagem idealizada: lembra dele como um grande companheiro, com quem assistia a musicais em preto e branco. A escolha de também tornar-se astronauta, portanto, pode ter sido a forma de não apenas lidar com a ausência paterna, mas de manter-se para sempre ligado (ou preso) a ela.

A notícia de que Clifford pode estar vivo, e por trás dos ataques energéticos que ameaçam o planeta, tem efeito devastador sobre Roy, que enfrenta espartanamente a missão. Brad Pitt, em um desempenho contido, repleto de nuances, empresta imensa verdade ao personagem, em cujos olhos está todo o sofrimento que o personagem carrega desde o traumático desaparecimento do pai.

Mais uma vez Gray (de Era uma Vez em Nova York), um dos mais interessantes cineastas em atividade hoje no mundo, investiga o outro lado do sonho americano, a partir de um personagem à deriva, fora de lugar. À sombra de um pai, cuja imagem de herói se esfacela, Roy, a despeito de todos os seus méritos, é um poço de inseguranças e tem de enfrentar seus fantasmas, para tentar deles se livrar. Desconstruir o pai talvez seja o único caminho possível, numa opção escancaradamente psicanalítica do roteiro.

Essa viagem introspectiva se materializa na extraordinária fotografia de Hoyte Van Hoytema ( de Dunkirk), que alterna ambientes claustrofóbicos, assépticos, a vastas paisagens lunares e interplanetárias, numa representação quase alegórica dos estados de alma de Roy, que se desvela na tela como um universo.

ESCOTILHA PRECISA DE AJUDA

Que tal apoiar a Escotilha? Assine nosso financiamento coletivo. Você pode contribuir a partir de R$ 15,00 mensais. Se preferir, pode enviar uma contribuição avulsa por PIX. A chave é pix@escotilha.com.br. Toda contribuição, grande ou pequena, potencializa e ajuda a manter nosso jornalismo.

CLIQUE AQUI E APOIE

Tags: Ad Astra - Rumo às EstrelasBrad Pittcrítica cinematográficaficção científicafilmeJames Graymovie reviewresenhasilêncioTommy Lee Jones

VEJA TAMBÉM

Imagem: Netflix/Divulgação.
Cinema

‘Wham!’ celebra uma rara amizade entre artistas da música pop

7 de dezembro de 2023
Kauan Alcântara e Maeve Jinkings são filho e mãe no excelente 'Pedágio'. Imagem: Divulgação.
Cinema

‘Pedágio’ discute cura gay em drama urgente sobre o Brasil de hoje

5 de dezembro de 2023

FIQUE POR DENTRO

Olivie Blake. Imagem: Divulgação.

‘Nós dois sozinhos no éter’ aposta em premissa perigosa para falar de amor

8 de dezembro de 2023
Imagem: Netflix/Divulgação.

‘Wham!’ celebra uma rara amizade entre artistas da música pop

7 de dezembro de 2023
Imagem: Escotilha/Canva.

Ana Hickmann e Naiara Azevedo expõem lado menos visível da violência doméstica

6 de dezembro de 2023
Kauan Alcântara e Maeve Jinkings são filho e mãe no excelente 'Pedágio'. Imagem: Divulgação.

‘Pedágio’ discute cura gay em drama urgente sobre o Brasil de hoje

5 de dezembro de 2023

Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.