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‘Baixo Gávea’: sobre teatro, sororidade e a busca do amor

Com a atuação de Lucélia Santos, Louise Cardoso e José Wilker, 'Baixo Gávea', de Haroldo Marinho Barbosa, trata sobre duas amigas no universo do teatro carioca dos anos 1980.

porValsui Júnior
29 de julho de 2018
em Cinema
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‘Baixo Gávea’: sobre teatro, sororidade e a busca do amor

Imagem: Reprodução.

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Haroldo Marinho Barbosa talvez seja um nome pouco conhecido na filmografia brasileira. Diretor de Engraçadinha (1981), um dos seus mais famosos longa-metragens, uma adaptação da peça teatral Asfalto selvagem: engraçadinha, seus pecados e seus amores, de Nelson Rodrigues, também é conhecido por seu filme Baixo Gávea (1986), que conta com o elenco de Lucélia Santos, Louise Cardoso, Carlos Gregório e José Wilker.

O filme conta a história de duas amigas que moram juntas e convivem com uma paixão: o teatro. Enquanto Clara (Lucélia Santos) é diretora, a sua companheira de casa Ana (Louise Cardoso) é uma atriz que interpreta o poeta Mario Carneiro em uma peça de homenagem de 50 anos desde a morte de Fernando Pessoa, sob a direção de Clara. Enquanto Clara busca um amor para constituir uma família, a sua colega Ana vive altos e baixos em relações com outras mulheres, mas o que não a impede de continuar flertando e conhecendo novas pessoas.

‘Baixo Gávea’ é um marco por representar o universo teatral dos anos 80 no Rio de Janeiro sem muitos pudores, ainda que sob uma moldura elitizada.

Numa dessas situações, a diretora de teatro inclusive chega a conhecer um rapaz bem apessoado, amante de artes e com todos os requisitos para ser um bom pretendente – interpretado pelo galante José Wilker. No entanto, ao chegar na casa do sujeito, Ana se surpreende com a falta de tato e pelo fato de ele possuir uma arma e trabalhar com bombas caseiras. Enquanto isso, a peça continua a ser construída e a vida de Pessoa é reconstituída de maneira a retratar suas relações com os outros poetas, sua vida sentimental, sua viagem à Paris e a sua derradeira morte.

Existe algo na relação de Ana e Clara: uma intimidade bastante grande, que não pode ser representada por outra palavra a não ser sororidade. Mesmo com uma crescente “paixonite” pela amiga, Clara insiste até o fim em ajudá-la na sua busca por um amor verdadeiro, driblando até mesmo as suas próprias vontades. Por outro lado, Ana termina por se envolver com o protagonista da sua peça, tomada por um sonho de que aquele seria o caminho para a sua busca.

Apesar disso, Rui (Carlos Gregório), que interpretava o poeta Fernando Pessoa, além de ter esposa e filhos, tinha uma estranha compulsão por cocaína. O final seria obviamente trágico, culminando justamente no dia da estreia da peça. Toda a poética da biografia do poeta se conectaria justamente com o momento de vida da diretora de teatro – e da própria relação com a amiga que, por fim, não deixa de ser abalada.

O filme de Haroldo Barbosa bebe muito das influências das telenovelas globais, inclusive na própria trilha sonora e no figurino. É importante lembrar que o filme foi produzido ainda na era da Embrafilme e, mesmo tratando de temáticas ainda tabuizadas à época, como a homossexualidade feminina e o uso de drogas, ainda é de maneira bastante superficial e estigmatizada. De qualquer forma, Baixo Gávea é um marco neste sentido por representar o universo teatral dos anos 80 no Rio de Janeiro sem muitos pudores, ainda que sob uma moldura elitizada.

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