Impossível pensar em histórias em quadrinhos e não lembrar de personagens marcantes como o Cebolinha. Há seis décadas, o menino, que troca o “r” pelo “l” e tem sempre um plano infalível para desbancar Mônica do posto de “dona da rua”, conquista gerações de leitores no Brasil e também em outros países. Afinal, quem nunca teve vontade de morar no bairro do Limoeiro e conhecer de perto essa turminha?
Para celebrar o 60º aniversário do Cebolinha, no dia 1º de novembro será lançada uma revista comemorativa em alusão à data: O Dono da “Lua” (a obra, em pré-venda no site da Amazon, é comercializada a R$ 49,90). A publicação, da Mauricio de Sousa Produções e Panini, tem capa dura e reúne histórias marcantes do personagem. Aliás, o autor, que assoprou 85 velinhas nessa terça-feira (27/10), fez questão de reforçar, em entrevista ao F5, que tiras politicamente incorretas foram cortadas ou editadas. “Vemos com olhos mais exigentes e cuidadosos. Queremos evitar constrangimento. Nos velhos tempos, algumas situações eram aceitáveis, hoje, não”, completou o quadrinista.
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Outra novidade está agitando o canal da Turma da Mônica no YouTube, que conta com mais de 4,5 bilhões de visualizações. Desde o dia 21, são disponibilizados curtas protagonizados por Cebolinha. O compilado, totalizando 10 episódios, tem o objetivo de atingir – sobretudo – o público infantil.
Marcante
A origem de Cebolinha remonta à infância de seu criador, na cidade paulista de Mogi das Cruzes.
Mauricio de Sousa é um pai orgulhoso pela trajetória de sucesso do filho. “Não é em qualquer lugar do mundo que um personagem mantém postura, simpatia e força”, avaliou. Com a chegada de Mônica, em 1963, Cebolinha passou por mudanças comportamentais para dar conta da disputa com a empoderada vizinha do Limoeiro. “Aquela menina valente, brava e voluntariosa começou a se destacar mais do que ele. Era mais notável. Tanto que a Turma do Cebolinha virou Turma da Mônica. E nas tiras eu represento isso. Ele mudou seu comportamento e passou a querer o seu espaço e a tentar tomar o que é da Mônica. Mas transformo isso em um conflito bonito e que, no final, ambos fazem as pazes”, avaliou o artista.
A origem de Cebolinha remonta à infância de seu criador, na cidade paulista de Mogi das Cruzes. À época, um amigo do irmão de Mauricio, apelidado como Cebola, chamava a atenção durante as partidas de futebol em um campinho de terra. Além do penteado diferente, acreditem: ele também falava errado. Inspiração melhor impossível…
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No ano passado, Cebolinha, que ganhou seu primeiro gibi próprio em 1973, surgiu em carne e osso nos cinemas. Kevin Vechiatto, 14 anos, dá vida ao personagem com um carisma e sensibilidade impressionantes. A jornada do menino, Mônica, Cascão e Magali em busca de Floquinho é lúdica e emocionante.
Para quem curtiu Laços, adaptação da graphic novel dos irmãos Vitor e Lu Cafaggi, uma boa notícia: em 2021, por conta da pandemia, chega aos cinemas Lições, longa inspirado na segunda obra da elogiada trilogia dos artistas mineiros (que inclui ainda Lembranças). A nova produção, que tinha lançamento previsto para dezembro deste ano, leva a turminha para a sala de aula. “A educação é muito importante e representativa. A Turma da Mônica alfabetizou muita gente e essa é uma medalha que carrego no meu peito”, declarou Mauricio de Sousa em entrevista ao F5.
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Uma última curiosidade: devido aos cuidados com o coronavírus, Mauricio de Sousa deixou a festa do Cebolinha para março de 2021. O quadrinista quer promover um grande evento para confraternizar com seus cerca de 400 colaboradores. Será que rola um convite para os fãs?
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