Há três décadas, os vampiros invadiram a televisão brasileira e decretaram uma revolução no formato das telenovelas. Tudo isso quando nem se imaginava, por exemplo, fenômenos mundiais como a saga Crepúsculo! Por isso, sem qualquer exagero, Vamp, que estreou na TV Globo em julho de 1991, tornou-se um clássico inovador e marcou gerações
Com o ritmo dos videoclipes incorporado à narrativa e personagens inesquecíveis, como a roqueira Natasha (Claudia Ohana) e o horripilante Conde Vlad (interpretado pelo inigualável Ney Latorraca), a trama, escrita por Antônio Calmon, reunia comédia e suspense – com direito a muita praia e sequências gravadas em Veneza, na Itália. Mais pop impossível.
O hino da banda The Rolling Stones, “Sympathy for the Devil”, regravado pela protagonista do folhetim, estourou nas paradas de sucesso à época. Boa parte do elenco de Top Model, também escrita por Calmon e que fez história na mesma faixa das 19 horas, marcou presença em Vamp. Em outras palavras, a repercussão foi mais que positiva.
Uma outra característica marcante da novela era o encerramento. A cada desfecho, a cena se transformava em uma espécie de história em quadrinhos – fato que se tornou uma marca da produção. Adolescente nesse período, recordo dos burburinhos na escola sobre os capítulos e ainda da boa aceitação da trilha sonora (viciante, diga-se de passagem!).
Uma outra característica marcante da novela era o encerramento. A cada desfecho, a cena se transformava em uma espécie de história em quadrinhos – fato que se tornou uma marca da produção.
Trama
Em Vamp, os espectadores eram conduzidos à fictícia e apaixonante cidade de Armação dos Anjos, no litoral do Rio de Janeiro. É nesse cenário paradisíaco que o capitão reformado da Marinha Jonas Rocha (Reginaldo Faria), viúvo e pai de 6 filhos, decide começar uma nova fase da sua vida ao lado da historiadora Carmem Maura (Joana Fomm).
Detalhe importante: Carmem também é viúva e mãe de seis filhos. Extremamente apaixonado, o casal vai ter sua rotina abalada com a chegada de Natasha ao local. Aliás, a roqueira vai ficar dividida entre Jonas e seu filho mais velho, Lipe, papel de Fábio Assunção.
Entre inúmeros tipos marcantes, impossível não recordar da família de vampiros de Matoso (Otávio Augusto), que contava ainda com Mary (Patricya Travassos) e os filhos dele, Matosão (Flávio Silvino) e Matosinho (André Gonçalves). As sequências deles, além de muito engraçadas, eram recheadas de trapalhadas. Vlad, irritado com toda razão, volta e meia transformava o casal em sapos. Ah, e como não citar Penn Taylor Smirh (Vera Holtz), a audaciosa caçadora desses seres mitológicos, e seu fiel (e medroso!) ajudante Augusto Sérgio (Marcos Frota)?
Diante de tantas boas lembranças, em 2017, para alegria dos fãs, Vamp ressurgiu como um musical nos palcos (Claudia Ohana e Ney Latorraca participaram da montagem). A direção ficou sob responsabilidade do saudoso Jorge Fernando, que também comandou o folhetim.
Quer reviver essa trama marcante ou conhecer a história? A dica é maratonar Vamp no Globoplay. Com muitos efeitos especiais e personagens marcantes, a novela é sempre uma boa pedida. Confira!
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