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Por favor, respeitem a obra de Luiz Puntel!

porCristiano Freitas
7 de novembro de 2018
em Vale um Like
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Meninos Sem Pátria, de Luiz Puntel, sofreu censura em colégio do Rio de Janeiro

Clássico da literatura infantojuvenil, ‘Meninos Sem Pátria’ foi alvo de críticas e aqueceu o debate sobre o "controle ideológico" nas escolas. Imagem: Reprodução/ Site Lunetas.

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Independentemente de partido político ou ideologia, uma afirmação deveria ser regra: prevaleça, em qualquer situação, o bom senso. Em tempos de fake news e do compartilhamento exacerbado de toda sorte de bobagens, diariamente somos impactados com notícias deprimentes – uma delas diz respeito ao movimento de pais de uma tradicional escola do Rio de Janeiro contra o livro Meninos Sem Pátria, de Luiz Puntel.

A obra, desde o seu lançamento em 1981, tornou-se leitura obrigatória em colégios de todo país. Cativante, o livro, uma das pérolas da inesquecível Coleção Vaga-Lume, da Editora Ática, revisita um momento real da história do Brasil: o período da ditadura militar.

Pelos olhos dos pais do Colégio Santo Agostinho – Unidade Leblon, trata-se de uma “apologia ao comunismo”. Prova de que está faltando informação, diálogo e discernimento, pois é no mínimo vergonhosa essa afirmação sobre a publicação.

Luiz Puntel com o livro Meninos Sem Pátria na mão
Luiz Puntel: “Meu livro é sobre a ditadura, um fato histórico. Jamais imaginei que, em 2018, seria censurado”. Imagem: Reprodução.

Puntel, em entrevista ao El País, reagiu incrédulo à polêmica. “Eu fiquei surpreso. Meu livro é sobre a ditadura, um fato histórico. Jamais imaginei que, em 2018, seria censurado. Meninos Sem Pátria rendeu mais de 20 edições, sempre com boa aceitação do público e, principalmente, das escolas, que o recomendam para leitura didática. Não faz sentido acusá-lo de doutrinação ou proselitismo ideológico”, reitera o autor.

Inspirada na história real da família do jornalista José Maria Rabêlo, que viveu 16 anos no exílio – no Chile, na Bolívia e na França –, Meninos Sem Pátria propõe uma viagem histórica por meio da visão e experiências dos protagonistas da narrativa: Marcão e Ricardo. Os garotos encaram uma grande mudança em suas rotinas quando são obrigados a deixar o país na companhia dos pais.

Rabêlo parte do Rio de Janeiro para o exílio na Bolívia
No registro de Kaoru Higuchi, para o ‘Jornal do Brasil’ em 1964, Rabêlo parte do Rio de Janeiro para o exílio na Bolívia. No colo, Fernando, que não queria se separar do pai. Imagem: Kaoru Higuchi/Reprodução.

‘Meninos Sem Pátria’ rendeu mais de 20 edições, sempre com boa aceitação do público e, principalmente, das escolas, que o recomendam para leitura didática. Não faz sentido acusá-lo de doutrinação ou proselitismo ideológico.

Em entrevista ao jornal O Globo, Rabêlo, de 90 anos, e o filho, Fernando, fotógrafo e blogueiro, mostraram-se estarrecidos com a situação. “O colégio entrou na irracionalidade dos pais, que estão vivendo esse momento de alucinação que o Brasil atravessa, de intolerância, agressividade. O colégio entrar nesse jogo? O resultado disso é nenhum. Essa gente não tem perspectiva nenhuma de história, só dos próprios interesses”, avalia José Maria.

Também em entrevista ao O Globo, Fernando lembrou que ele e o pai chegaram a participar de um debate no mesmo Colégio Santo Agostinho, em Belo Horizonte, para falar sobre a ditadura e tudo que viveram no exterior. “Estou pasmo em saber que, em plena democracia, a gente sofre esse tipo de censura. Acho que há um avanço do fascismo, inclusive entre as elites, no país”, completa.

O monitoramento desmedido das rotinas em sala de aula tornou-se insano. O dito “controle ideológico”, tão alardeado pelos defensores da Escola Sem Partido, fere os princípios básicos da democracia e coloca em alerta toda a sociedade. Que prevaleça o bom senso…

Em tempo: de acordo com informações da Estante Virtual, empresa especializada na venda de livros usados, o romance infantojuvenil Meninos Sem Pátria foi o mais vendido no site em outubro. Em segundo lugar, aparece o clássico A Revolução dos Bichos, de George Orwell, seguido por A Sutil Arte de Ligar o F*da-se, de Mark Manson.

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Tags: censuraColeção Vaga-LumeColégio Santo Agostinho Unidade LeblonControle ideológicodemocraciaEditora ÁticaEl PaísEscola Sem PartidoEstante Virtualfake newsFernado RabêloJosé Maria Rabêloliteratura infantojuvenilLuiz PuntelMeninos Sem PátriaO Globo

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