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‘Efuru’, de Flora Nwapa, mãe da literatura africana moderna, chega ao Brasil

‘Efuru’, romance pioneiro de Flora Nwapa, marco na literatura africana feita por mulheres, ganha edição brasileira. Editora Moinhos lança obra em junho.

porAlejandro Mercado
31 de maio de 2023
em Literatura
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Flora Nwapa, escritora nigeriana pioneira na literatura africana feita por mulheres

Flora Nwapa, escritora nigeriana pioneira na literatura africana feita por mulheres. Imagem: Divulgação.

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Romance de estreia de Flora Nwapa, a mãe da literatura africana moderna, Efuru finalmente está chegando aos leitores brasileiros. Publicada em 1966, a obra é considerada pioneira por ser o primeiro livro de uma escritora africana a ser publicado em língua inglesa.

Flora Nwapa, escritora, publicitária e educadora nigeriana, é um nome forte na literatura africana, em especial naquelas feitas por mulheres e que falaram sobre mulheres. A Editora Moinhos traz ao Brasil, pela primeira vez, uma obra da autora, chegada que coincide com o marco de 30 anos de seu falecimento.

A trama de Efuru apresenta a vida e os dilemas da protagonista que dá nome ao livro, sua com relação ao casamento, com a maternidade e com a sociedade em que vive, abarcando a tradição, o papel e a voz da mulher igbo na sociedade.

Flora Nwapa: marco da literatura africana

Seus romances capturaram eventos históricos importantes da Nigéria, como o período colonial, a Segunda Guerra Mundial e os movimentos de resistência.

Antes de publicar Efuru, Flora Nwapa apresentou a obra ao também escritor nigeriano Chinua Achebe, autor de O mundo se despedaça (Companhia das Letras), que deu total apoio para que o livro fosse publicado não só na Nigéria, mas também apresentado ao mercado literário internacional.

Com isso, o título se tornou o primeiro livro escrito por uma mulher negra africana a ser publicado em língua inglesa, um grande marco que fez de Flora Nwapa pioneira e referência para outras escritoras de seu país, tornando-se a “mãe da literatura africana moderna”. Chimamanda Ngozi Adichie, Buchi Emecheta e Ayobami Adebayo são apenas alguns exemplos de autoras influenciadas pela obra de Nwapa.

Flora Nwapa fez parte de uma geração que cresceu sob o domínio colonial, recebendo uma educação ocidental e escrevendo em inglês. Com sua formação acadêmica em inglês, história e geografia, Flora se tornou professora, administradora e escritora. Efuru foi seu primeiro romance, publicado em 1966.

Seus romances capturaram eventos históricos importantes da Nigéria, como o período colonial, a Segunda Guerra Mundial e os movimentos de resistência. Ela também abordou temas como maternidade, casamento, infertilidade e violência doméstica.

Suas obras foram publicadas em um período de 20 anos, sendo sua bibliografia composta, além de Efuru, pelos romances Idu, Never Again, Basta Um (também em pré-venda, a ser lançado pela editora Roça Nova) e Women Are Different, além de poemas e outros livros infantis.

‘Efuru’ desafia o papel tradicional atribuído à mulher nigeriana

Pedaço da capa da edição brasileira de 'Efuru', a ser lançada pela Editora Moinhos
Pedaço da capa da edição brasileira de ‘Efuru’, a ser lançada pela Editora Moinhos. Imagem: Reprodução.

Responsável pela apresentação do livro e da autora, Tathiana Cassiana, doutoranda em História e pesquisadora de Políticas de Memória e Narrativas Históricas, explicou em artigo publicado na Revista Transversos como a infância de Nwapa em Ugwuta, cidade de maioria igbo, foi preponderante em influênciá-la.

De acordo com Cassiano, as mulheres de sucesso e independentes que frequentavam a loja de tecidos da mãe de Flora foram fonte de inspiração para a visão de mundo e sua escrita. A partir disso, Flora Nwapa alimentou seu desejo em escrever, especialmente “histórias cujas personagens femininas representassem as mulheres que conhecia e convivia no contexto de Ugwuta”, escreve Tathiana na Transversos.

De acordo com a pesquisadora, a nigeriana considerava que as personagens femininas dos romances escritos por homens africanos não se assemelhavam com as mulheres com as quais conviveu.

Flora desafiou os estereótipos e abriu caminho para uma representação mais fidedigna das mulheres igbos na literatura africana, como explica Tathiana Cassiano em “História das Áfricas e Literatura: as mulheres igbos na escrita literária de Flora Nwapa”.

Neste romance, a protagonista questiona o papel tradicionalmente atribuído à mulher nigeriana, transgredindo o socialmente aceito e mostrando a força e a determinação da figura feminina de sua protagonista – assim como as provações por quais ela tem que passar. Tudo isso em seu primeiro romance, que já demonstra toda a potência e coragem da autora.

A edição da Moinhos foi feita com tradução de Tom Jones e texto de apresentação de Tathiana Cassiano. Efuru está em pré-venda com 30% de desconto no site da editora.

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Tags: EfuruEscrita em língua inglesaFlora NwapaInfluência de Flora NwapaLiteraturaLiteratura AfricanaMulheres escritorasPapel da mulher na sociedadeRepresentação feminina

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