A espera acabou! Após cinco longo meses de hiato desde sua finale, hoje à noite, às 22h30, a Band estreia a segunda temporada do reality show culinário mais comentado pelos brasileiros nas mídias sociais: a versão nacional de MasterChef. A competição, maior acerto da emissora no ano passado, mostra a disputa entre cozinheiros amadores pelo tão almejado Prêmio MasterChef, além de R$ 150 mil reais em dinheiro, vales de R$ 1.000 mensais para compras em supermercado e uma bolsa de estudos na Le Cordon Bleu, em Paris.
O sucesso do programa foi tanto que rapidamente a produção já tratou de dar início aos preparativos pro segundo ano. Três meses após as inscrições terem sido abertas no site do programa, 10 mil cozinheiros se inscreveram na competição. Após uma triagem, que reduziu o número de candidatos para 400, os concorrentes passaram por um teste presencial, dos quais apenas 75 tiveram a oportunidade de participar do primeiro grande desafio do programa: cozinhar para Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça, jurados do reality, garantindo uma vaga entre os 18 finalistas.
Por falar em jurados, uma das maiores surpresas do programa foi justamente esses três chefs, até então, desconhecidos pelo grande público alheio ao universo gastronômico. Carismáticos, mas sem deixar de ser exigentes, o trio consegue fazer com que as crítica mais duras sejam encaradas como valiosas lições de culinária e fáceis de serem digeridas, salvo alguns comentários extremamente ácidos, na maior parte feitos pelo francês Jacquin, mas que de forma alguma mancham a reputação do programa, afinal, o renomado curriculum do jurado lhe dá a liberdade de não ter papas na língua. O destaque na bancada fica por conta de Fogaça e Paola. Ele, por mostrar que motoqueiros intimidadores podem ser grandes mentores e conselheiros. E ela, por quebrar o estereótipo de que juradas mulheres são mais boazinhas, exigindo o máximo dos candidatos e aumentando a voz quando necessário.
Agora que o reality não é mais nenhuma novidade para a TV aberta, a expectativa é de que o nível dos participantes seja maior que o da primeira temporada, aumentando assim o nível de exigência dos jurados.
Porém nem só de jurados se faz uma competição. Apesar da maioria dos participantes morarem no estado de São Paulo, a primeira temporada apresentou um casting bem diversificado. Destaque para a sofisticação dos pratos da criativa Cecília, que se tornou uma forte competidora por vencer diversas provas; o promissor Flávio, um ótimo estrategista no decorrer do programa com a polêmica escolha da arraia; e o destrambelhado Mohamad, cujo talento nos fogões sobressaiu a forma descompromissada com que o rapaz parecia encarar a competição.
Mas os grandes nomes sem sombra de dúvidas foram Elisa e Helena, vencedora e segunda colocada da primeira edição. O tempero caseiro da experiente cozinheira deu água na boca em muitos telespectadores e nos jurados, mas não foi o suficiente para se destacar mais do que a jovem de Ribeirão Preto, que apresentou uma belíssima evolução ao longo da disputa. No início, tivemos uma Elisa acanhada, demonstrando certa insegurança ao apresentar suas respeitáveis criações, porém, graças aos elogios dos jurados e incentivos dos colegas (principalmente da parceira Helena), a jovem foi ganhando cada vez mais confiança em si mesma e aprendendo a driblar o nervosismo, seu maior inimigo. No final, Elisa se superou dando um toque contemporâneo nos pratos apresentados no último desafio da temporada, que contou com entrada, prato principal e sobremesa.
O único ponto negativo do programa acabou sendo Ana Paula Padrão, que deu uma pausa na carreira de jornalismo para se aventurar como apresentadora. Apesar de alguns bons momentos em tela, como vistos nas breve entrevistas com os participantes e familiares no “camarote” durante as provas, a jornalista muitas vezes pecava na tentativa falha de gerar suspense ao fazer comentários exagerados e forçados, ofuscando a importância de jurados e competidores, algo que esperamos que mude nesse segundo ano.
Agora que o reality não é mais nenhuma novidade para a TV aberta, a expectativa é de que o nível dos participantes seja maior que o da primeira temporada, aumentando assim o nível de exigência dos jurados e, porque não, também dos telespectadores, afinal, fomos mal acostumados a saborear com os olhos os deliciosos banquetes nas noites de terça-feira. Então prepare a pipoca e reuna a família pois a competição está para começar.