Chegou à Netflix no início deste mês a segunda parte da série The OA, dois anos depois do seu lançamento. É difícil falar sobre a série, seus propósitos, o que acontece, se há um significado obscuro, se é algo possível ou completamente irreal. The OA é uma trama complicada, uma interrogação ambulante. Tanto que eu não vou falar aqui sobre nomes de personagens e enredo, apenas vou desabafar sobre o quão intrigante ela é.
No lançamento da primeira temporada, era possível sentir o desespero de quem estava assistindo nas redes sociais. “O que foi esse episódio de The OA? Não entendi nada” e seus derivados pipocavam em tweets e grupos no Facebook. Cada episódio era uma surpresa e uma nova incógnita, deixando todos os espectadores intrigados e, claro, curiosos para saber, afinal, “do que se trata”?

Ao longo da trama, começamos a ligar os acontecimentos da primeira parte com a atual, abrindo novos caminhos em nossa mente. Mas, até aqui, ainda sem respostas.
A primeira parte de The OA, liberada em oito episódios de, aproximadamente, 40 minutos a uma hora cada, deixou subentendido do que ela se tratava (acredite, não é possível explicar em poucas palavras), mas faltaram algumas respostas no final. A ansiedade e agonia de querer saber o que aconteceu ficaram ainda mais intensas quando descobrimos que uma nova temporada só seria lançada em 2019. Nas antes esperar bastante tempo do que nunca ter uma resposta, concordam?
A confusão continua
Enfim chegou abril de 2019 e, com ele, mais oito episódios de mesma duração da primeira parte. Logo no início, somos surpreendidos com mais um detalhe para nos deixar ainda mais confusos: um jogo. Bom, não contei do que se trata The OA para não dar spoilers (não que eu saiba 100% disso), mas, basicamente, aborda as possíveis diferentes dimensões do universo com um pouco de espiritualidade. Então, a série começa a mesclar um quebra-cabeças jogado fisicamente e com a ajuda de um smartphone com a questão da psicologia quântica.

Mas não se iluda achando que quando terminar de assistir a todos os episódios passará a saber de tudo e mais um pouco sobre o tema, muito pelo contrário. Ao longo da trama, começamos a ligar os acontecimentos da primeira parte com a atual, abrindo novos caminhos em nossa mente. Mas, até aqui, ainda sem respostas.
Quando tudo parece começar a ficar ainda mais claro, o final surpreende com, sim, mais confusão. Apesar de tudo, a série é incrível para sairmos um pouco da caixa, deixar de achar que só existe o que estamos vivendo aqui e que há muitas coisas fantásticas do universo a serem exploradas.
O objetivo de The OA, portanto, é levar à reflexão, a pensar em por que acontecem as coisas que acontecem e qual o propósito disso. Nessa questão, não há como negar que a série é impecável.