Curitiba é também uma capital drag. E a prova disso é a realização da segunda temporada do Drag Zona, uma competição de artistas drag que conquistou seu público em sua primeira edição, realizada em 2023 no Café do Teatro.
Agora, para a nova competição, que ocorre nas terças entre 2 e 30 de abril, a casa será o Hard Rock Café. De acordo com Dan Venturi – que dá vida à drag queen A Dita, que organiza o concurso ao lado da produtora Helena Mallin e de uma grande equipe de apoio -, a mudança de local se deu por conta do crescimento do evento. “Percebemos que o espaço anterior, o Café do Teatro, acabou ficando pequeno porque o Drag Zona cresceu. Queríamos encontrar o lugar perfeito, que fosse acolhedor, tivesse essa vibe onde as pessoas pudessem comer e beber enquanto apreciavam as apresentações. E então procuramos o Hard Rock Cafe Curitiba e fomos super bem acolhidos”, conta Venturi.
O performer ainda destaca que a escolha do Hard Rock Café ocorre também por ser um local apoiador da comunidade LGBTQIAP+. “Nos sentimos muito bem acolhidos e muito honrados pois sabemos q o HRC é uma franquia de shows conhecida mundialmente e ser recebidos com tanto carinho foi incrível”, afirma.
Novidades na edição
A Drag Zona é uma série de desafios enfrentados por drag queens e drag kings que se enfrentam em várias modalidades artísticas, como dança, comédia e personificação de divas do pop. Mas, diferente da referência original, o programa RuPaul’s Drag Race, não há eliminação: as artistas com notas mais baixas seguem participando até o final, pois a ideia é exibir o trabalho de todes.
Por essa razão, a nova temporada deve ampliar o tempo das apresentações. “Por conta disso, poderemos incluir mais jurados convidados. Além disso, teremos entre os artistas convidados as participantes da primeira temporada”. O júri fixo segue o mesmo: é formado por Kimberlly Bey, Linda Power e Lola Lombardi, mas haverá outros participantes de surpresa. E a competição segue capitaneada no palco por A Dita e Juana Profunda, que exibem uma ótima química entre si e e na interação com as drags.
Para a nova temporada, Dan Venturi afirma que o formato segue o mesmo, mas haverá mudanças nos temas de cada prova. “Não posso falar muito sobre eles porque são surpresa, e serão revelados ao final de cada noite”, compartilha.
Aumento da concorrência pelas vagas
Dan Venturi conta que foi bem mais difícil escolher as competidoras da segunda temporada, pois foram muitas inscritas. Por isso mesmo, não houve necessidade de prorrogar as inscrições. “Levamos em consideração o material do vídeo da inscrição, se mostrava tudo que as/ os artistas precisavam. Alguns eu já conhecia o trabalho e outros conheci assistindo aos videos”. A diversidade também foi priorizada. “Também queríamos estilos transformistas diferentes, estilos diferentes de drag, para que o elenco fosse bem plural”, afirma Venturi.
Serão 9 drags competindo no palco do Hard Rock Café. Entre elas, estão Celleste Sky e o artista Nicholas, que performa uma drag queen (Samantha Rose) e um drag king (Ash Rose). Ambos prometem entregar tudo nas semanas das competições, e chegaram no Drag Zona após conferir a primeira temporada.
“Levamos em consideração o material do vídeo da inscrição, se mostrava tudo que as/ os artistas precisavam. Também queríamos estilos transformistas diferentes”
Dan Venturi, que vive a drag A Dita
Celleste Sky explica que é uma drag novata, pois se monta há três meses. A ideia de participar do concurso veio após assistir a primeira edição e ficar fã do projeto – o que, inclusive, a motivou a começar a começar a fazer drag. Ela conta que já admirava muito o trabalho de A Dita e Juana Profunda. “Eu estava sempre presente nos eventos que elas estavam, e quando surgiu o Drag Zona me interessei na hora”, afirma.
Ela define sua drag como criativa e original. “Minha drag é barbada, em uma vertente inspirada pelas grandes vilãs. Minhas grandes referências são as drags regionais como minha mãe drag Juana Profunda, Linda Power, Gabryela Jhones e a própria Dita. Além disso, tenho algumas referências drags como Tristan Soledade, Madame Madness e Jay Kay”, explica.
Já Nicholas conta que não pode se inscrever na primeira temporada do Drag Zona pois estava fazendo uma peça drag king. “Mas eu acompanhei toda a primeira temporada e desde então fiquei aguardando pela segunda pra participar”, conta. Suas referências vêm, em parte, da cultura asiática, como o k-pop e animes. “Gosto de incrementar elementos dessa cultura na minha arte, assim como também algumas divas do pop como Britney Spears, Ashnikko, e boy bands como Backstreet Boys e Jonas Brothers”.
Em comum, Celleste Sky e Samantha/ Ash Rose prometem entregar tudo de si no novo Drag Zona. “Meu objetivo é levar para a competição o que eu faço de melhor, com muita dança, atuação, músicas marcantes, entre outras surpresas. Pra vencer o Drag Zona, eu vou com tudo na jogação, vou conquistar o público e os jurados e ir além do que já esperam de mim”, conta Rose.
Os prêmios da segunda temporada do Drag Zona serão revelando com o início da competição. Mas uma coisa é certa: a nova edição vai fortalecer ainda mais a cena drag em Curitiba e levar muita diversão aos presentes.
SERVIÇO | Segunda temporada do Drag Zona
Onde: Hard Rock Café (R. Rua Buenos Aires, 50 – Batel | Curitiba/PR);
Quando: 2 a 30 de abril – toda terça-feira, das 20h30 às 23h;
Quanto: R$ 25. Os ingressos podem ser comprados na página do Sympla.
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