Um título chama a atenção na programação recente da Netflix. Baseada na graphic novel de Charles Forsman, I’m Not Okay With This traz elementos fortes, como o bullying, que reforçam dramas típicos da adolescência.
Com um quê de Carrie – A Estranha e Stranger Things, a trama gira em torno de Sydney Novak (Sophia Lillis), uma jovem que passa por muitos percalços na escola em que cursa o ensino médio e que também tem uma relação difícil com a mãe. A rotina da menina passou por uma reviravolta com a morte do pai, que se suicidou sem deixar ao menos uma última mensagem.
Com situações complicadas, que parecem insuperáveis, ‘I’m Not Okay With This’ tem pitadas de bom humor e desfechos inesperados.
Sydney é complexa. Bastante atormentada, consegue, por exemplo, quebrar a parede do quarto com a força do pensamento. Com uma rotina familiar conturbada, ela encontra apoio na amizade com Dina (Sofia Bryant). A união, no entanto, fica estremecida quando a colega começa a namorar com um garoto complicado da escola – que, aliás, vai ser um pesadelo a mais para sua rotina diária. Para reencontrar o ponto de apoio, o contato com o vizinho, Stan (Wyat Oleff), será fundamental. Desligado e avesso a rótulos, ele será uma figura emblemática na trajetória da garota.
Em casa, desde a morte do pai, os dias não são nada fáceis. A mãe, Maggie (Kathleen Rose Perkins), tornou-se workaholic para fugir dos problemas. O irmão, Liam (Aidan Wojtak-Hissong), é um cara legal, mas também é vítima de bullying na escola e bastante inseguro por conta dessa situação.
https://youtu.be/Ndz09ow8a2A
Poderes
A vida de Sydney fica insana com a descoberta de poderes inexplicáveis. Sob os olhos incrédulos de Stan, ela faz objetos se moverem e até derruba as prateleiras da biblioteca do colégio. Impossível não lembrar de Eleven, uma das personagens de Stranger Things…
Com situações complicadas, que parecem insuperáveis, I’m Not Okay With This tem pitadas de bom humor e desfechos inesperados. As esquisitices da protagonista e os anseios e questionamentos típicos da adolescência – que remetem à excelente Sex Education (outro êxito recente da Netflix) – colocam a série na lista de possíveis clássicos do gênero.
Assistir aos sete episódios é uma boa dica nesses dias de isolamento social em prevenção ao coronavírus. O último deles, inclusive, dá a entender que uma nova temporada vem por aí. Levando em conta a personalidade forte de Syd, intensificada pelas divertidas narrações de seu diário ao longa da trama, essa história ainda promete muitos eletrizantes episódios…
Obs.: outra obra do autor, The End of Fucking World, também faz sucesso no streaming. Fica a dica…