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‘Corra que a Polícia Vem Aí’ diverte ao colocar Liam Neeson em um papel ridículo

Continuação do filme de 1988, 'Corra que a Polícia Vem Aí' traz Liam Neeson como um policial ingênuo e talentoso que tenta desvendar um crime.

porMaura Martins
30 de outubro de 2025
em Cinema
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Pamela Anderson e Lian Neeson em 'Corra que a Polícia Vem Aí'. Imagem: Paramount Pictures / Divulgação.

Pamela Anderson e Lian Neeson em 'Corra que a Polícia Vem Aí'. Imagem: Paramount Pictures / Divulgação.

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Grande hit nos anos 1980 e 1990, as comédias paródicas acabaram ficando restritas a estas décadas, salvo uma ou outra exceção. Mas como o passado sempre volta, estamos agora diante de uma refilmagem de Corra que a Polícia Vem Aí, uma espécie de paródia da paródia configurada pelo filme original de 1988, de David Zucker.

Só que há uma diferença: se o primeiro continha um ator de comédia (o hilariamente apatetado Leslie Nielsen), a versão de 2025 traz um intérprete tido como sério, e famoso sobretudo por filmes de ação e drama. O irlandês Liam Neeson, portanto, teria muito mais a perder (ou ganhar) ao emprestar seu talento para essa paródia nonsense do cinema noir.

Neeson vive Frank Drebin Jr., filho do policial que foi interpretado por Nielsen na franquia original. Décadas depois da morte de seu pai, ele também é um oficial atrapalhado, mas talentoso, e cujos métodos estão sempre sendo questionados pela chefe do departamento especial da polícia do qual faz parte.

Quem viu o Corra que a Polícia Vem Aí de 1988 deve lembrar que lá os inimigos dos Estados Unidos advinham da política internacional. Na hilária sequência inicial do filme, Drebin invadia uma reunião e enfrentava várias figuras, misturados de forma tresloucada (entre eles, estavam Muammar Gaddafi, Yasser Arafat, Fidel Castro e Mikhail Gorbachev), e que estavam juntos para bolar um plano contra os ianques.

Já no novo filme, Drebin Jr. está diante do medo contemporâneo, personificado por uma espécie de Elon Musk ainda mais infernal. O milionário da tecnologia Richard Cane (Danny Huston), que domina o mercado dos carros elétricos autônomos, está prestes a lançar uma engenhoca que controla mentalmente as pessoas e faz com que o caos se instale. O resultado é que sobrarão apenas os ricos em um mundo pós-apocalíptico. O terror, portanto, está bem atualizado.

Drebin Jr. passa então a investigar a morte suspeita de um funcionário de Cane, enquadrada como suicídio, que estaria prestes a denunciar o escândalo. No meio do caminho, ele vai se apaixonar pela irmã do sujeito: uma loiraça sensual chamada Beth Davenport (Pamela Anderson, em plena rota de ascensão em sua carreira), uma “escritora de livros true crime baseados em histórias ficcionais”.

Paródia e homenagem

Dirigido por Akiva Schaffer (que foi roteirista em Saturday Night Live e é parceiro de Andy Samberg no grupo de comédia The Lonely Island), o filme não funciona como um reboot, mas sim como uma sequência à franquia, como se realmente o filho de Drebin tomasse para si a tarefa de retomar o humor tresloucado dos filmes paródia que reinaram nos anos 1980 e ficaram esquecidos lá atrás. Vale lembrar que David Zucker e Jim Abrahams, do filme original, estiveram também à frente de Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu, sátira dos longas sobre tragédias com voos.

O filme não funciona como um reboot, mas sim como uma sequência à franquia, como se realmente o filho de Drebin tomasse para si a tarefa de retomar o humor tresloucado dos filmes paródia que reinaram nos anos 1980 e ficaram esquecidos lá atrás.

O humor típico nessas obras é muito mais físico que mental. As piadas chegam a ser ingênuas, quando não maliciosas – preste atenção, por exemplo, na sequência em que um capanga de Richard Cane observa à distância as interações entre Drebin Jr. e Beth em seu apartamento. É um humor tão quinta série que é impossível não rir.

Schaffer, oportunamente, utiliza com parcimônia as referências ao filme original (como as presenças de Weird Al Yankovic e uma aparição relâmpago de Priscilla Presley), mas de forma crítica. Drebin Jr. presta homenagem ao pai, a quem pede sinais, seja por meio de “uma coruja ou algo assim”. A história conta com há também outros “nepobabies”, como o capitão Ed Hocken Jr., filho do parceiro de Drebin. Mas o outro parceiro dele era o detetive Nordberg, que era interpretado por O.J. Simpson… a quem fica difícil prestar reverência.

As outras boas sacadas estão nos diálogos com a cultura pop, em menções a Buffy, a Caça-Vampiros, às personagens de Sex and The City e nas compreensões literais e ingênuas de Drebin Jr. de boa parte do que é dito a ele (piadas que, infelizmente, acabam se perdendo na tradução). Mas as risadas nascem, principalmente, no fato de que todas essas gags se concretizam em um ator sisudo como Liam Neeson, que se entrega de corpo e alma a essa comédia pastelão.

No fim, é ele que brilha aqui, obtendo resultados muitos melhores do que ocorreria caso o protagonista fosse um comediante. Corra que a Polícia Vem Aí pode não ser um filme tão engraçado quanto era o filme de 1988, mas cumpre bem o propósito: o de fornecer um entretenimento leve, calcado no presente, sem grandes reflexões. Tem vezes que isso é tudo o que precisamos.

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Tags: Akiva SchafferCinemaCorra que a Polícia Vem AíLiam NeesonPamela Anderson

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