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O rap é compromisso?

A essência do hip hop permanece viva nos grupos de hoje? Coluna debate a necessidade de os artistas se posicionarem diante do momento político do Brasil.

porGuylherme Custódio
11 de abril de 2016
em À Margem
A A
O rap é compromisso?

Imagem: Racionais/Reprodução.

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Nesta segunda-feira (11), a Comissão Especial do Impeachment na Câmara dos Deputados vai encerrar a sua discussão e provavelmente colocará a denúncia em votação ainda hoje. Se aprovada, a medida vai a plenário.

Talvez você já saiba disso, mas parte significativa do movimento hip hop parece que não.

Isso porque, para eles, é melhor se manter em cima do muro quanto ao assunto.

MC em silêncio?

Esquisito.

O hip hop sempre foi um movimento político. Fazer parte dele é muito mais do que ir em uma balada que tem um DJ apertando play e tocando rap.

Todo gênero musical carrega significados que vão além da música em si. A MPB, por exemplo, pode confundir a cabeça de quem a vê fora do contexto histórico e tenta associar o termo “Música Popular Brasileira” com um sujeito tocando violão sentado num banquinho.

Entretanto, a MPB é muito mais do que isso. Carlos Sandroni, músico e Doutor em Musicologia pela Universidade de Tours (França), esclarece a origem em seu artigo “Adeus à MPB”, incluído na obra Decantando a República – Outras Conversas Sobre os Jeitos da Canção – Vol. 1, organizado por Berenice Cavalcante, Heloisa Starling e José Eisenberg (2004).

‘Meu nome é thaíde / E não tenho RG / Não tenho CIC / Perdi a profissional / Nasci numa favela / De parto natural’ – Thaíde & Dj Hum – ‘Corpo Fechado’.

De acordo com Sandroni, “A expressão música popular brasileira cumpria, pois, se é que se pode dizer assim, certa função de ‘defesa nacional’ (e nisso também ela ocupava lugar que pertencera ao folclore nas décadas anteriores). Nos anos finais da década, ela se transforma mesmo numa sigla, quase uma senha de identificação político-cultural: MPB.

A concepção de uma ‘música-popular-brasileira’, marcada ideologicamente e cristalizada na sigla ‘MPB’, liga-se, a meu ver, a um momento da história da República em que a idéia de ‘povo brasileiro’ – e de um povo, acredita-se, cada vez mais urbano – esteve no centro de muitos debates, nos quais o papel desempenhado pela música não foi dos menores.

…

É nesse momento que gostar de MPB, reconhecer-se na MPB passa a ser, ao mesmo tempo, acreditar em certa concepção de ‘povo brasileiro’, em certa concepção, portanto, dos ideais republicanos”.

Assim sendo, como a MPB, o rap tem os seus ideais. Ele foi e é a voz dos marginalizados, dos sofredores, dos negros, dos pobres. O rap mostrou que essas pessoas também compõe a sociedade. E, acima de tudo, têm direito à voz e voto.

As festas de Kool Herc e Bambaataa eram políticas. “The Revolution Will Not Be Televised” é política. “Corpo Fechado” é política.

Quando um sujeito diz que não tem RG, CIC, perdeu a profissional e nasceu em uma favela de parto natural, ele não está apenas contando quem ele é. Está se colocando politicamente e mostrando que a sua identidade é não ter identidade.

Quando pega o microfone, o MC quer uma inserção, não isenção.

Entretanto, em um dos momentos mais importantes do país, muitas figuras de influência preferem não assumir uma posição nem esclarecer o seu ponto de vista, o que poderia ajudar o público a decidir o seu lado e entender esse complexo momento.

Isso lembra o quinto elemento do hip hop: o conhecimento.

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Tags: gil scott-heronHip-HopMPBpolíticaRapThaíde

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